Militar da FAB é instrutor em faculdade da Força Aérea dos EUA

A Instituição de Ensino Superior das Forças Armadas dos Estados Unidos alcançou um marco importante, recebeu, pela primeira vez, um docente brasileiro, piloto da Força Aérea Brasileira

Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos

O Air Command and Staff College (ACSC), uma Instituição de Ensino Superior das Forças Armadas dos Estados Unidos, alcançou um marco importante em sua história ao receber, pela primeira vez em seus quadros de instrutores, um docente brasileiro: O piloto da Força Aérea Brasileira (FAB),  Tenente-Coronel Aviador Paulo Henrique dos Santos Costa, assumiu o cargo de instrutor na ACSC, e foi responsável por ministrar duas disciplinas regulares: “Airpower Strategy and Operations” e “Contemporary and Emerging Warfare”, que abordam o uso do poder aéreo como instrumento de poder nacional.

A presença de um instrutor brasileiro na ACSC proporcionou uma valiosa troca de conhecimentos e perspectivas entre as forças aéreas do Brasil e dos Estados Unidos. Além disso, a interação entre os alunos e o instrutor brasileiro promove um maior entendimento cultural e fortalece os laços pessoais entre as futuras lideranças militares dos dois países.

Conforme a Diretora de Ensino do ACSC, Coronel Sarah Bakhtiari, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, trabalha de forma integrada com seus aliados e parceiros internacionais, o que é uma maneira de desenvolver uma compreensão compartilhada do ambiente de segurança, tanto ao nível regional quanto global. “Os Estados Unidos têm uma grande história de parceria e colaboração com os brasileiros, em ambas as áreas diplomáticas e militares. Com certeza, no campo militar, nossa colaboração na Segunda Guerra Mundial nos fez fortes aliados e, desde então, tem sido fantástico ter essa relação refletida aqui na instituição”, argumenta.

Segundo o Tenente-Coronel Paulo Costa, a sua função dá a oportunidade de apresentar o Brasil como um país capaz de fornecer soluções relevantes para os desafios globais futuros, tais como escassez de alimentos, água e energia, pandemias, fluxos migratórios e mudanças climáticas. “Percebo que há um consenso de que a resposta a essas dificuldades requer um debate transnacional e compreensivo, no qual o poder militar de cada país naturalmente desempenha um papel importante”, ressalta.

Idealização da missão

A parceria entre as Forças Aéreas brasileira e americana tem a coordenação-geral, no Brasil, realizada pelo Comando da Aeronáutica, representada nesta questão pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). A frente da Segunda Subchefia do EMAER, setor responsável pelas relações internacionais da FAB, o Brigadeiro do Ar Paulo Roberto de Carvalho Júnior destaca que essa oportunidade singular se dá no âmbito do Military Personnel Exchange Program (MPEP), um acordo bilateral que permite a troca de experiências entre as Forças Aéreas brasileira e americana.

“Ao manter um Oficial combatente da Força Aérea Brasileira no quadro de instrutores do Air Command & Staff College, na Maxwell Air Force Base, em Montgomery, no Alabama, o Comando da Aeronáutica reforça o protagonismo do Brasil como líder regional no cone sul das Américas”, conclui o Oficial-General.

Fotos: Arquivo Pessoal

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