O alerta foi dado pelo chefe da Delegação da Federação da Rússia durante a “XVIII Feria Internacional del Aire y del Espacio” ( FIDAE 2014), 25 a 30 Mar 14, Santiago do Chile.
Em uma rápida entrevista especial para o DefesaNet o Diretor do Serviço Federal da Cooperação Técnico-Militar da Federação da Rússia Alexander Fomin declarou expressamente:
“Já realizamos as demonstrações/ testes do Pantsir-S1. Estamos prontos para realizar outra demonstração, novos testes realísticos, dinâmicos do sistema caso a parte brasileira queira. Continuamos com as nossas consultas técnicas. Atualmente estamos nas parte de consultas oficiais e na parte ativa das questões pré-contratuais.”
Fomin termina em um bom português: “Quanto a minha expectativa concreta(?), bem , vamos ver. Se Deus quiser…” .
O vídeo abaixo com a íntegra da entrevista onde também fala sobre a oferta de participação no projeto de caça de quinta geração.
Os Testes
Os testes realizados em Janeiro de 2014, na Rússia, atenderam ao objetivo do “Grupo de Trabalho, composto por oficiais do Exército e Corpo de Fuzileiros Navais, para a Avaliação do Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura – PANTSIS-S1”, agora com as avaliações sob a ótica dos Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) 40/2013 (GTA-ROC).
Consultando as diversas partes envolvidas no processo, DefesaNet obteve as seguintes informações:
1– Durante os testes realizados em janeiro de 2014 na Rússia, com unidade regular do Exército daquele país, decisão do Chefe da Delegação Brasileira, General-de-Brigada Márcio Roland HEISE, e também coordenador do grupo de avaliação do sistema Pantsir-S1, na definição dos parâmetros de teste levou a uma interpretação divergente entre as partes;
2– Foi solicitado que o alvo fosse abatido ao alcance visual e não no limite do sistema;
3- Não foi informado se ocorreram outras divergências de análise desempenho e parâmetros dos testes;
4- Os dados preliminares apresentados ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), chefiado pelo General-de-Exército Sinclair J. Mayer, apresentaram dados sujeitos a contestações.
DefesaNet também contatou representantes da Rosoboronexport, que confirmaram as divergências de análise dos resultados, porém não quiseram emitir opinião, pois não tinham, até o momento, acesso ao documento oficial do Exército Brasileiro.
Sistema PANTSIR-S1 O que está sendo Negociado |
|
Equipamento | Quantidade |
Plataforma Lançador de Mísseis e Canhões | 13 |
Mísseis | 288 Unidades |
Munição Canhão | Cerca de 37.000 cartuchos |
Unidade de Controle | 3 Caminhões |
Veículos de Apoio | 6 Caminhões |
Veiculo de Mnt Eletrônica | 3 Caminhões |
Veículode Mnt Mecânica | 3 Caminhões |
Veículos de Peças | 3 Caminhões |
Unidades de Ajuste | 3 Caminhões |
Veículos Mnt | 3 Caminhões |
Equipamentos Teste | 1 Conjunto |
Simulador Outdoor | 1 Conjunto |
Os veículos adotados pelo Exército Brasileiro deverão ser plataformas MAN 8×8 e 6×6, substituindo os originais russos KAMAZ.
As negociações com os russos incluem :
– 2 (duas) Baterias de Defesa Antiaérea de Baixa Altura (MANPADS Igla), e,
– 3 (três) Baterias de Defesa Antiaérea de Média Altura (PANTSIR-S1)
Na própria FIDAE o CEO da Odebrecht Defesa e Tecnologia, André Amaro, e o Diretor-Geral Adjunto da Corporação Tecnologias Russas (ROSTEC), D.Shugaev renovaram o MOU referente aos sistemas de Defesa Antiaérea.
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