Tóquio espera receber as primeiras unidades F-35 em 2016. Porém os especialistas acreditam que os fabricantes não conseguirão fornecê-los até lá. Ao mesmo tempo, nem todos os especialistas concordam que o F-35, segundo todos os seus parâmetros, corresponde a um aeronave de quinta geração, disse o analista militar do Komsomolskaya Pravda, Baranets Victor:
Os especialistas concordam que uma máquina deste tipo deve atender de sete a dez critérios. Porém, os americanos não têm esse conjunto completo. Por outro lado, devemos ver uma tendência óbvia: os EUA começam a “alimentar” o Japão, seu eterno amigo do Extremo Oriente. Devemos entender o porquê disso. No Japão vem aumentando o movimento contra a presença de bases militares. Recentemente foi feita uma grande manifestação. No Japão exigem pagamentos pela presença das forças dos EUA no arquipélago japonês. Um desses pagamentos é justamente permitir a compra direta ou venda de licenças de aeronaves. Antes de mais os norte-americanos devem construir esse avião e provar que ele corresponde aos parâmetros anunciados.
Se os EUA já têm o caça de quinta geração, outros países como a Rússia e China estão desenvolvendo essa aeronave. Além disso, a Rússia está construindo o caça T-50 somente para o seu mercado e não para exportação. Mas junto com a Índia, a Rússia está desenvolvendo um outro avião de quinta geração, que certamente já será para exportação. Mas é improvável que isso signifique que em poucos anos esses caças sejam comprados no mercado mundial em grandes quantidades por diferentes países, disse o editor-chefe do jornal Observador Militar Independente, Victor Litovkin:
Não é um fato que a China terá desse tipo de aeronave. Por enquanto, a China não consegue produzir ela mesma um avião de quarta geração nem as aeronaves da geração “4+”. Dessa forma, será muito difícil para a aeronáutica chinesa pular essas etapas. Porém, quando o avião russo-indiano estiver no mercado mundial, aí então poderemos falar sobre a concorrência com o americano F-35. Isso porque essas aeronaves são destinadas apenas aos países desenvolvidos que podem competir durante os combates com forças iguais. Quanto ao fato de tais máquinas serem compradas por muitos países – essa é uma grande dúvida.
Enquanto isso, na Rússia o desenvolvimento do novo caça está em pleno andamento. Em novembro, o T-50 ou, como é chamado, o PAK FA (complexo promissor de aviação tática, sigla russa) realizou o centésimo vôo de teste. Em comparação com gerações anteriores, o caça PAK FA possui várias características únicas, combinando as funções de uma aeronave de ataque e caça. A utilização de compósitos, o design aerodinâmico da aeronave, motor melhorado – faz com que essa aeronave tenha baixo nível de visibilidade. Especialistas acreditam que a Rússia está construindo um avião de quinta geração que poderá competir com os caças F-22 e F-35.