Por Olivia Rondonuwu
Reportagem adicional de Vladimir Soldatkin e Gleb Stolyarov, em Moscou
JACARTA, 9 Mai (Reuters) – Um avião russo Sukhoi com 50 pessoas a bordo, inclusive empresários e funcionários diplomáticos russos, desapareceu nesta quarta-feira durante um voo de demonstração perto de um vulcão na ilha de Java, na Indonésia, disseram autoridades.
A agência indonésia de buscas e resgates afirmou que o contato por rádio com o avião foi perdido por volta de 5h (horário de Brasília) quando o aparelho desceu a 6.000 pés (1.828 metros) nos arredores do monte Salak, um vulcão 2.211 metros acima do nível do mar, ao sul de Jacarta, a capital.
O avião Superjet 100, primeiro jato de passageiros lançado pela Rússia após o fim da União Soviética e concorrente da Embraer, transportava empresários indonésios, funcionários da embaixada russa e jornalistas.
As primeiras buscas por terra e com helicópteros não deram resultado, segundo autoridades russas e indonésias.
O porta-voz do Ministério dos Transportes, Bambang Ervan, disse que o avião voava a 10.000 pés e pediu autorização para descer a 6.000 pés, no que foi seu último contato. Ele acrescentou que esse era o segundo voo que o aparelho fazia no dia.
Dmitry Solodov, funcionário da embaixada, disse que havia oito russos a bordo do avião, entre pilotos e técnicos. A empresa PT Trimarga Rekatama, que representa a Sukhoi na Indonésia, disse que 42 convidados haviam embarcado.
O monte Salak, uma popular atração turística visível de Jacarta em dias claros, é um dos vários vulcões que compõem a espinha dorsal da principal ilha indonésia. Acidentes aéreos são comuns no país, composto por 17 mil ilhas.
A Sukhoi já tem encomendas para 170 aparelhos a serem entregues no mundo todo, e planeja produzir até mil jatos do novo modelo, principalmente para o mercado externo.
A empresa pretendia vender 42 deles à Indonésia, quarto país mais populoso do mundo, onde a expansão da classe média motiva um forte crescimento do setor aéreo.
O jato foi desenvolvido com tecnologia e design cedidos pela norte-americana Boeing e pela italiana Finmeccanica, além de sistemas de navegação e motores das empresas francesas Thales e Safran.
O Superjet 100, apresentado pela primeira vez em 2007, já está em operação na Rússia, com a Aeroflot, e na Armênia, com a Armavia, e a demonstração na Indonésia era parte de uma exibição itinerante por seis países asiáticos.