Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Vanessa Mendonça Silva
A comunicação via satélite pode apresentar instabilidades e por esse motivo, buscando aprimoramento tecnológico, a Marinha testou durante a Operação Aderex-Anfíbia 2022 um sistema de comunicação via rádio VHF/UHF – IP que consegue trafegar dados e voz de forma segura e criptografada.
“Esse sistema representa um avanço, pois é possível estabelecer uma linha de comunicação estável, independente da banda satelital, com uma cobertura superior a 40 milhas náuticas, observada nos testes feitos. Os rádios se interligam em rede e todos os meios enxergam-se entre si, sendo possível trocar informações e saber a posição de todos os meios envolvidos em uma operação, em qualquer ambiente, seja no mar, no ar ou em terra, elevando a consciência situacional”, explicou o Capitão-Tenente Marcelo Silva de Souza, Desenvolvedor de Sistemas do Centro de Apoio a Sistemas Operativos da Marinha.
Operação Aderex-Anfíbia 2022 chega ao fim O ponto central da operação, ocorrida entre os dias 28 de junho e 08 de julho na área marítima entre os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, foi a realização de uma incursão anfíbia por meios da Esquadra e da Força de Fuzileiros da Esquadra.
Na operação, foram realizados também exercícios de defesa aeroespacial, de guerra eletrônica e ação de presença na Bacia de Campos. Participaram ao todo cerca de 1.700 militares. Ainda durante a comissão, os navios envolvidos estiveram abertos para visitação pública no Porto de Vitória nos dias 02 e 03 de julho, alcançando uma média de 4.500 visitantes por dia.
“A Operação Aderex-Anfíbia 2022 demonstrou, acima de tudo, a determinação das nossas tripulações em superar dificuldades e incrementar a capacidade da Marinha do Brasil de projetar poder sobre terra, confirmando a sua prontidão para contribuir, por exemplo, com operações de ajuda humanitária e remediação de desastres”, concluiu o Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso, Comandante do Grupo-Tarefa.