Saint Mandrier, na baía de Toulon na Côte d'Azur, é o centro de treinamento da Marinha Francesa onde milhares de oficiais estão sendo formados a cada ano para garantir a capacidade operacional da força. Lá se aprende a operar e manter os sistemas mais complexos dos navios da Marinha Nacional daquele país.
Esse lugar também foi eleito pela Delegação Geral de Armamento do Ministério da Defesa Francês e a DCNS para a instalação da SIF. A SIF (Shore Integration Facility) literalmente "facilidade de integração em terra" é uma das ferramentas mais importantes do processo de desenvolvimento de sistemas de combate para submarinos, fragatas e outros navios de superfície.
A SIF proporciona a integração dos diferentes equipamentos e subsistemas de tal forma que se verifique as interfaces e perfeita comunicação entre eles, buscando a melhor eficácia do sistema de combate do submarino. Ela é uma réplica em terra do sistema de combate de bordo com as mesmas configurações operacionais.
Lá estão os consoles multifunção, feitos no Brasil pela ATECH (São Paulo), os gabinetes eletrônicos do Sonar integrados na Omnisys (São Bernardo do Campo), o sistema de navegação sendo testado pela EZUTE (São Paulo), e a Marinha do Brasil sob a supervisão das equipes da DCNS, os vários sensores como Periscópios, MAGE (Medida de Apoio à Guerra Eletrônica), Sistema Optrônico, Link y, e antenas, ou seja, tudo que compõe os "olhos" e "orelhas" do submarino e que vão determinar depois a designação de alvo, o uso de um sistema de arma e eventualmente o disparo.
O coração do submarino está lá em Saint Mandrier, tripulado por engenheiros brasileiros da EZUTE que desenvolvem softwares, oficiais da Marinha do Brasil em OJT, engenheiros da ICN que ficarão encarregados da instalação do sistema dentro do primeiro navio da Marinha do Brasil, todos sob o gerenciamento da DCNS, responsável pelo sucesso da transferência de tecnologia.