Durante os primeiros seis meses de 2024, a Aviação foi empregada em 73 ocorrências, de acordo com dados do SISSAR
Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielle Varela
A Aviação de Busca e Salvamento – SAR (do inglês Search And Rescue) – é aquela acionada em um dos momentos mais delicados de necessidade da população, especializada no resgate de vítimas de acidentes aéreos, resgates em alto mar ou em áreas inóspitas, nas quais somente é possível chegar por meio aéreo.
Durante os primeiros seis meses de 2024, esta aviação foi empregada em 73 ocorrências, de acordo com dados do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro (SISSAR), cujo órgão central é o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que tem a responsabilidade de coordenar as operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.
Entre as missões cumpridas, estão as buscas nas áreas de enchentes no Rio Grande do Sul, na Operação Taquari 2, quando as aeronaves SC-105 Amazonas, juntamente com os helicópteros H-36 Caracal e H-60L Black Hawk atuaram e ainda seguem à disposição para atender àqueles que estiverem em situação de emergência, com necessidade de resgate e impedidos de deslocamentos via terrestre.
Houve, ainda, missões de buscas por helicópteros e aeronaves civis que desapareceram do espaço aéreo e evacuação aeromédica realizada em alto-mar. Não obstante, a FAB localizou e resgatou com vida, o piloto de uma aeronave desaparecida em Santa Catarina.
O Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, sediado na Base Aérea de Campo Grande (BACG), é a unidade especializada em buscas com as aeronaves SC-105 Amazonas, e resgates com os helicópteros H-60L Black Hawk. O Comandante do Esquadrão Pelicano, Tenente-Coronel Aviador Alex Costa Malheiros, ressaltou que a Aviação de Busca e Salvamento reside no simples fato de que a aviação carrega um risco em si.
“Desde quando o homem inventou querer voar, até hoje, com toda a evolução tecnológica que nós temos, acidentes aéreos acontecem. Então, a Aviação de Busca e Salvamento é como um seguro que ninguém quer usar, mas quando uma tragédia acontece, todos querem que ela esteja pronta. E quem voa, seja tripulante, seja passageiro, pode ter certeza que a Aviação de Busca e Salvamento está pronta, 24 horas por dia, 7 dias por semana, onde o Brasil precisar”, declarou.
Ainda segundo o Comandante do Esquadrão Pelicano, as missões são repletas de desafios. Sempre há algo a mais que pode acontecer. “Temos que gerenciar grandes tripulações em ambientes por vezes inóspitos, com diversas incertezas intrínsecas à missão, fatores meteorológicos, pressão midiática, pressão de família e pressão pessoal de quem participa. Mas a recompensa de uma dessas missões não tem preço: salvar uma vida!”, concluiu.
A Aviação de Busca e Salvamento também conta com as seguintes unidades Operacionais: Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão e Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) – Esquadrão Puma operam o H-36 Caracal; Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV) – Esquadrão Pantera e o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Harpia operam H-60L Black Hawk; Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan opera a aeronave P-3AM; Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix opera a aeronave P-95; Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno opera a aeronave P-95; Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo opera a aeronave KC-390, além do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento – PARASAR.