Robson Bonin, Evandro Éboli
14 ago 2019
No anexo 20, Antonio Palocci detalha como a Odebrecht repassou 50 milhões de reais ao PT em troca de vantagens no Programa de Desenvolvimento de Submarino (PROSUB).
O episódio já foi narrado por Marcelo Odebrecht na delação da empreiteira. A bolada milionária foi repassada à campanha de Dilma em 2014.
O dinheiro era para que as liberações de dinheiro do governo no contrato de construção dos submarinos não parassem.
Palocci também detalha o repasse de 64 milhões de reais da Odebrecht ao PT em troca de “auxílio político” para que fosse aprovado no BNDES um aumento na linha de crédito da construtora em projetos relacionados a Angola, outro tema revelado por VEJA.
É a primeira vez que um documento do Supremo confere contornos concretos à principal frente da delação do ex-ministro Antonio Palocci fechada com a Polícia Federal e homologada pelo ministro Edson Fachin, chefe da Lava-Jato no STF.
A partir desse documento, descobre-se que o acordo firmado pelo ex-ministro no Supremo tem 23 anexos, que tratam de 12 políticos, entre ex-ministros de Estado, parlamentares e ex-parlamentares – além de grandes empresas.
Submarino Riachuelo, da Marinha do Brasil Foto – Marinha do Brasil