MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA-GERAL DE DESENVOLVIMENTO NUCLEAR E TECNOLÓGICO DA MARINHA
Rio de Janeiro, RJ.
06 de Abril de 2021.
Em relação à reportagem do Jornal “O Dia”, veiculada em 6 de abril de 2021, intitulada “Itaguaí Construções Navais demite cerca de 70 funcionários” (ver matéria anaxa), a MARINHA DO BRASIL (MB), por meio da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), esclarece que a Itaguaí Construções Navais (ICN) é a empresa contratada pela MB para a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR) e um submarino convencional com propulsão nuclear (SN-BR), encontrando-se os pagamentos honrados rigorosamente em dia, em estrita conformidade com a execução dos marcos contratuais.
As demissões mencionadas na matéria, nesse sentido, são corolário de decisões gerenciais da Direção da ICN, em relação às quais a MB não exerce quaisquer ingerências.
A despeito dos impactos decorrentes do contexto da pandemia da COVID-19, releva destacar que o PROSUB é um programa rentável para o Naval Group (NG), controlador operacional da ICN.
A MB reconhece, no entanto, a necessidade de uma reestruturação da empresa que propicie a competitividade requerida à captação de outros empreendimentos no segmento da construção naval.
Também cabe mencionar que a Gestão do Conhecimento aplicada ao Programa de Submarinos (PROSUB) vem priorizando ações de modo a assegurar a manutenção das competências adquiridas pela ICN, no sentido de que possam ser executadas com proficiência as atividades necessárias à construção desses meios. Para a consecução de processo industrial de tal magnitude, a empresa emprega colaboradores altamente treinados e qualificados e gera cerca de 8.000 empregos indiretos, implicando em benefícios socioeconômicos para a região de Itaguaí.
A fim de atender aos rigorosos requisitos de garantia da qualidade exigidos na construção de submarinos, a ICN mantém uma Gerência específica para tal, que monitora as etapas da construção e assegura que sejam atendidas as exigências técnicas previstas.
Nesse sentido, a expectativa é a de que as demissões anunciadas não acarretem impactos no cronograma corrente do PROSUB.
Itaguaí Construções Navais demite cerca de 70 funcionários
Empresa que constrói submarinos e peças para a Marinha alega que medida surgiu em contexto de crise e de demora no início de projetos
Persistência da pandemia e demora no início de projetos foram os motivos alegados pela ICN para dispensar funcionários
Jupy Junior
O Dia
Publicado 06 Abril 2021
ITAGUAÍ – A Itaguaí Construções Navais (ICN) – que atua no bairro Brisamar e atende à Marinha do Brasil com construção de navios de combate, de pesquisas, fabricação do casco do submarino de propulsão nuclear, dentre outros componentes – publicou uma nota oficial na sua página de Facebook nesta terça-feira (6) em que menciona demissões do seu quadro de funcionários. A empresa informou a O DIA, com exclusividade, que demitiu cerca de 70 funcionários (o número exato não foi divulgado).
A nota assinada pela diretoria da empresa explica que o ano de 2020 começou com boas perspectivas comerciais com a assinatura de um novo estatuto que permitiu diversificar suas atividades para atender à Marinha do Brasil. Porém, com a continuidade da pandemia o início dos projetos da ICN com a Marinha sofreu atraso.
“Dentro desse contexto, a ICN vem lutando duramente para manutenção dos empregos e conquista de novos contratos, para a sobrevivência da empresa. (…) Foram realizados diversos estudos com foco na preservação do maior número de empregos possível, com objetivo de minimizar o processo de desmobilização, que se torna inevitável nesse momento”, diz a nota.
O texto incluiu ainda outra explicação: “ Salientamos que procuramos não atingir a nossa mão de obra direta, mas inevitavelmente teremos que realizar reduções com o cuidado necessário que possibilite retomar o crescimento assim que possível”.
A ICN informou ainda que realizou um estudo para apoiar os que foram dispensados na busca de recolocação no mercado de trabalho e também manter contato frequente para um possível retorno à empresa no menor prazo possível.
Ao final da nota, a empresa reconheceu a competência e o profissionalismo das pessoas que foram desligadas e agradeceu o empenho e contribuição que elas produziram.