Primeiro-Tenente (RM2-T) Melina Isquierdo
A “Acrux X”, maior operação ribeirinha multinacional, é realizada na hidrovia Paraguai-Paraná, com a participação das Marinhas do Brasil, Argentina e Uruguai. Bolívia e Paraguai estão presentes como observadores. A operação tem previsão de término no dia 16 de setembro. Desde o início da missão, em 31 de julho, os navios percorrem o Rio Paraguai com ações de presença em Assunção, no Paraguai, Rosário e Corrientes, na Argentina, e Fray Bentos, no Uruguai.
“A operação, de periodicidade bienal, tem como propósito adestrar os militares das Marinhas envolvidas na realização de uma operação ribeirinha combinada, permitir o estreitamento dos laços de amizade com os países vizinhos e a interoperabilidade entre as Marinhas participantes”, explicou o Comandante da Flotilha de Mato Grosso, Capitão de Mar e Guerra Guilherme José de Aguiar Araújo.
Na região da cidade uruguaia Fray Bentos, a operação contou com 450 militares distribuídos nos meios navais e aéreos da MB, dois navios e duas lanchas da Armada Argentina, dois navios e aeronaves da Armada Uruguaia e destacamentos de Fuzileiros uruguaios e argentinos.
O destacamento de Fuzileiros Navais da MB realizou assalto ribeirinho nas proximidades de Fray Bentos. A ação, em conjunto com a Infantaria de Marinha da Armada Argentina, resultou na retomada do terreno conforme planejamento inicial. Durante o exercício, os navios do ComFlotMT permaneceram em apoio às ações e atuaram como base de combate fluvial. Na operação também foram desenvolvidas ações de Controle de Tráfego Fluvial, Evacuação Aeromédica e Operações Especiais.
A Marinha do Brasil (MB) participa, nesta décima edição, com 192 militares e com os navios Monitor “Parnaíba” e Navio de Apoio Logístico Fluvial “Potengi”, subordinados ao Comando da Flotilha de Mato Grosso (ComFlotMT), uma aeronave do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste e um destacamento de Fuzileiros Navais do 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas.
Agência Marinha de Notícias