Força Aérea da Alemanha afirma que três aeronaves da Rússia viajavam no espaço aéreo internacional sem sinal de transponder, “em voos de reconhecimento”.
A Força Aérea da Alemanha (Luftwaffe) informou nesta quarta-feira (26/04) que três aeronaves militares da Rússia foram interceptadas no espaço aéreo internacional.
Segundo os militares alemães, os aviões russos sobrevoavam o Mar Báltico, localizado no nordeste da Europa e cujas águas banham também a Rússia, e viajavam sem sinal de transponder – que auxilia na identificação no radar de controle de tráfego aéreo.
Alemanha e Reino Unido enviaram, então, aviões de caça Eurofighter Typhoon para identificá-los. A Luftwaffe informou que se tratava de dois caças Sukhoi Su-27 e uma aeronave Ilyushin Il-20.
“Voos de reconhecimento interceptados. Eurofighters alemães e britânicos foram alertados para identificar três aeronaves militares. Os dois flankers Su-27 e um Il-20 da Rússia voltaram a voar sem sinal de transponder em espaço aéreo internacional sobre o Mar Báltico”, disse a força alemã no Twitter, onde publicou também várias imagens dos aviões russos em pleno voo.
Voos de reconhecimento, aos quais a Luftwaffe se refere, são operações aéreas de reconhecimento para fins militares ou estratégicos, que podem visar, por exemplo, a obtenção de imagens para fins de inteligência e a observação de manobras de tropas inimigas.
Monitoramento da Otan
Os países-membros da Otan se revezam no monitoramento do espaço aéreo sobre os Países Bálticos, uma vez que Estônia, Letônia e Lituânia, membros da aliança militar, não possuem caças próprios.
No início de abril, após oito meses, a Alemanha entregou ao Reino Unido a liderança da operação de vigilância na região, mas continuará participando do monitoramento até o final deste mês.
A segurança aumentou ainda mais sobre os países que fazem fronteira com a Rússia depois que Moscou invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado. Nos últimos meses, jatos militares russos têm sido vistos repetidamente sobrevoando o Mar Báltico.
ek/lf (DPA, AFP, Reuters)