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Operação Teseu prepara Cadetes e Esquadrões da Força Aérea Brasileira

Ten Iris Vasconcellos


“Atenção Teseu 07, prossiga para o ponto indicado. Há presença de tropas inimigas na área. Mantenha-se vivo. Você será resgatado”. As coordenadas e informações foram passadas para 177 cadetes do quarto ano da Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), durante a operação Teseu, exercício de Busca e Salvamento em Combate (CSAR) – Módulo Evasor, que ocorreu durante os dias 03 a 11 de novembro.

O cenário descrito é de uma simulação, na qual o coordenador de Missão de Resgate, um co-piloto da aeronave T-27, avisou aos cadetes que sobrevoava o local de um incidente. Ele alertou sobre a realização de um pouso forçado em uma aérea hostil e que era preciso ter cuidado.

No treinamento, que ocorreu em um campo de mais de 65km², os cadetes tinham o objetivo de ficar camuflados e de não serem alcançados por adversários até atingir o local de resgate. Para isso, os cadetes colocaram em prática instruções aprendidas ao longo dos últimos quatro anos de formação na AFA, além de táticas e procedimentos determinados em resoluções internacionais para situação de sobrevivência em combate e abandono de área hostil.

“Todas as aulas que recebemos até aqui na academia nos prepararam para este momento. Estou calmo para enfrentar esse exercício, pois sei que estou preparado”, declarou o Cadete Aviador Lucas Sinotti Coelho ao embarcar para a missão.

Como os resgates são simulados durante a madrugada, os participantes utilizam os óculos de visão noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles).

Segundo o coordenador da Operação, Capitão Aviador Daniel Galvão de França, o exercício é o momento de preparo da própria Força Aérea. “Na Operação Teseu foram empregadas mais de 50 horas de voo e o treinamento contou com a atuação de 121 instrutores envolvidos em instruções teóricas e práticas, apoios médicos e operacionais”. Participam do treinamento militares dos Esquadrões Pelicano (2º/10° GAV), Puma (3º/8º GAV), Pantera (5º/8º GAV) e PARA-SAR. Todos subordinados à Segunda Força Aérea (II FAE).

A missão não teve apenas o objetivo de ensinar os cadetes, mas também de treinar homens de resgate e pilotos dos esquadrões. “O Esquadrão ganha uma elevação operacional em missões de resgate em combate, além de ser um treinamento para os pilotos em local desconhecido”, conta o Tenente Lucas Miloch Chechetto do Esquadrão Pantera.

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