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Operação Formosa 2016 adestra Fuzileiros Navais no Centro Oeste brasileiro

Roberto Cordeiro

Sob sol forte e em pleno cerrado brasileiro 2,4 mil fuzileiros navais vindos do Rio de Janeiro estão em operação real de guerra. São exercícios que têm por objetivo preparar o militar da Marinha do Brasil para situações das mais corriqueiras às mais extremas. E, para acompanhar parte deste treinamento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e oficiais generais da Força Naval e observadores estrangeiros estiveram nesta segunda-feira (17), na Fazenda Bonsucesso, um campo de treino do Exército situado a quase 100 quilômetros do centro de Brasília.

Após assistir exercícios de ataque e defesa, desembarque de tropas e emprego de robô para desarme de explosivo, o ministro Jungmann destacou que os fuzileiros navais constituem “a linha de frente composta por estes bravos profissionais, capacitados, com desempenho e disciplina”.

"Trago aqui a mensagem do presidente Michel Temer pelo comportamento, disciplina, compromisso e bravura dos fuzileiros navais”, disse o ministro.

Operação Formosa

Jungmann chegou hoje pela manhã no campo de treinamento para acompanhar os exercícios dos fuzileiros no âmbito da Operação Formosa. Acompanhado do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho, o ministro foi recebido pelo comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), almirante Alexandre José Barreto de Mattos. No interior de uma barraca climatizada, o almirante apresentou detalhes da operação de adestramento.

“Este tipo de exercício requer a necessidade disciplina e superação enormes. Também intenso planejamento. E para estas atividades o campo de instrução de Formosa, por sua estrutura, facilita a realização deste treinamento”, afirmou o almirante Alexandre.

Para chegar à fazenda Bonsucesso, as tropas iniciaram deslocamento do Rio de Janeiro, uma operação logística que exigiu o poder de mobilização. Até o campo foram percorridos 1.644 quilômetros. O comboio contou com 59 viaturas leves, 71 viaturas pesadas, 25 blindados e 50 ônibus.

Após o briefing, o ministro Jungmann se deslocou para a parte externa onde ocorreram demonstrações num Posto de Controle de Trânsito (PCT). Lá, militares simularam abordar uma viatura suspeita. No para-choque do carro um explosivo identificado por robô e, em seguida, detonado. Na outra parte, o exercício de descontaminação em decorrência de ataque por agente NQBR (Nuclear, Químico, Biológico e Radiológico).

Militares figurantes “feridos” foram encaminhados ao hospital de campanha e atendidos de acordo com o grau de ferimento.  Em seguida, o ministro percorreu os setores do hospital e conferiu as principais atividades médicas da unidade.

Campo de treinamento

Depois, a comitiva seguiu para o campo de treinamento, onde os fuzileiros demonstram situações reais de guerra. O exercício começou com o lançamento de militares do Batalhão de Operações Especiais Tonelero. A infiltração dos paraquedistas ilustrou a ação de reconhecimento do território.

No instante seguinte, aviões AF 1 lançaram bombas. Tanques adentraram ao local para o desembarque de militares e sequência de disparos de misseis, cenas que mostram o preparo militar para o enfrentamento das situações mais diversas.

Ao término do exercício, Jungmann discursou para 1,4 mil fuzileiros. Na oportunidade, o ministro destacou a importância desta tropa de elite da Marinha. “Os fuzileiros são a primeira linha da proteção da Pátria. Vi aqui mais um exemplo de profissionalismo. Deixo aqui o meu abraço e saio com a certeza que o Brasil se encontra em boas mãos”, afirmou.

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