Portsmouth, Reino Unido: O NPaOc APA, o segundo dos três navios de patrulha oceânica (OPV, em inglês) construídos pela BAE Systems, foi entregue hoje à Marinha do Brasil, em uma cerimônia realizada na Base Naval de Portsmouth. Os convidados das marinhas brasileira e britânica, assistiram o içamento da bandeira brasileira pela primeira vez no navio, formalizando sua entrega.
Mick Ord, diretor executivo da área de Navios de Marinha da BAE Systems Maritime, declarou: "É com grande orgulho que entregamos hoje o APA. É um navio de grande capacidade e será um grande ativo para a Marinha Brasileira. Nosso foco agora é conferir suporte à tripulação, por meio de um rigoroso programa de treinamento, antes da partida do APA para o Brasil, em fevereiro, onde, na sua chegada, se reunirá à frota brasileira e a seu irmão, o AMAZONAS. Vemos, com otimismo, a oportunidade de fortalecer ainda mais esta relação tão antiga que forjamos com o Brasil, à medida que continuamos trabalhando juntos no progresso deste importante programa entre nossos países, e na entrega do terceiro navio, ARAGUARI, no próximo ano.”
“A entrega do APA vai reforçar ainda mais nossa capacidade de garantir proteção e segurança para as águas territoriais brasileiras. Juntamente com o AMAZONAS que já faz parte da frota baseada no distrito naval do Rio de Janeiro, o APA é, sem dúvida, mais um importante reforço para a Marinha Brasileira, disse, o almirante Francisco Deiana, diretor de engenharia naval da Marinha.
A equipe da BAE Systems conseguiu fazer a entrega do segundo navio o espaço de um ano, após a assinatura do contrato de £133 milhões, prevendo o fornecimento de três Navios-Patrulha Oceânicos e os respectivos serviços de suporte. A tripulação passará agora por um rigoroso programa de treinamento, incluindo áreas como práticas náuticas, componentes eletrônicos e propulsão. A seguir, o navio partirá rumo a Plymouth, em janeiro, para treinamento FOST (Flag Officer Sea Training), incluindo treinamento em navegação e vigia, além de desenvolvimento e familiarização dos procedimentos operacionais de segurança.
O primeiro de sua classe, o AMAZONAS, foi entregue à Marinha do Brasil, em junho, e chegou a seu porto de destino, no Rio de Janeiro, no início de outubro. Enquanto isso, a BAE continua trabalhando no terceiro navio, o ARAGUARI, em Portsmouth, com previsão de entrega para abril de 2013.
Os Navios-Patrulha Oceânicos vão conferir ao Brasil maior capacidade marítima. Munidos de um canhão de 30 mm e de duas metralhadoras de 25 mm, bem como de dois botes infláveis e um convés para pouso e decolagem de um helicóptero de porte médio, estes navios são ideais para a execução de operações de segurança marítima, nas águas territoriais brasileiras, incluindo a proteção das reservas de petróleo e gás do país. Os navios acomodam uma tripulação de 80 pessoas, com espaço adicional para 40 soldados ou passageiros embarcados, além de um amplo convés para armazenamento de contêineres.
O contrato, anunciado em janeiro de 2012, também prevê uma licença de fabricação de outros navios da mesma classe no Brasil, contribuindo, dessa forma, para o programa de reequipamento naval do país e para o fortalecimento de sua indústria naval.
Sobre a BAE Systems
A BAE Systems é uma empresa global que atua nos segmentos de segurança, defesa, e aeroespacial com aproximadamente 94.000 funcionários em todo o mundo. A companhia fornece uma linha completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como soluções avançadas em eletrônica, segurança, tecnologia da informação e serviços de suporte a clientes. Em 2011, a BAE Systems alcançou vendas no valor de £19.2 bilhões, cerca de US$ 30.7 bilhões.
No Brasil, a BAE Systems está presente desde os anos 70, por meio de sua predecessora a VT Shipbuilding. Atualmente, a empresa mantém um escritório em Brasília (DF), que dá suporte às Forças Armadas, no que diz respeito a equipamentos como canhões navais, radares, veículos blindados, controles de voo para aeronaves, entre outros; e que busca estabelecer parcerias mutuamente benéficas, por meio da transferência de tecnologia, com os setores de segurança e defesa brasileiros.