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Navio Hidroceanográfico “Cruzeiro do Sul” inicia a Comissão Oceano Leste V

O Navio Hidroceanográfico (NHo) “Cruzeiro do Sul” concluiu, no período de 15 a 27 de agosto, a primeira etapa da Comissão Oceano Leste V, cujo propósito é obter dados físico-químicos da água do mar, na região oceânica compreendida entre os estados de Espírito Santo e Bahia, em cumprimento ao Plano de Coleta de Dados Meteorológicos e Oceanográficos, da Diretoria de Hidrografia e Navegação.

O navio permanecerá atracado no Porto de Vitória entre 27 e 30 de agosto, preparando-se para nova fase da aludida Comissão. Em apoio à comunidade científica, nesse mesmo período, o navio contou com o embarque de 12 alunas do curso de oceanografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Além de participarem da coleta de dados oceanográficos, as alunas também familiarizaram-se com a operação dos diversos equipamentos hidroceanográficos de bordo, receberam instruções sobre procedimentos de sobrevivência no mar e acompanharam a rotina de um dia de navegaçao astronômica.

NHI “Sirius” conclui sondagem batimétrica na Barra Norte do Rio Amazonas

Após suspender do Rio de Janeiro no dia 25 de junho, o Navio Hidrográfico (NHi) “Sirius” concluiu, no dia 16 de agosto, na Foz da Barra Norte do Rio Amazonas, a 60 milhas da região litorânea do estado do Amapá, a sondagem batimétrica da região, iniciada no dia 31 de julho.

O objetivo deste levantamento é permitir, em um curto prazo, a operação de navios mercantes de maior calado em uma região na foz do Rio Amazonas com profundidades inferiores a dez metros, o chamado “quebra-molas do Amazonas”, em períodos específicos.

A condição implicará em maiores volumes de transporte de carga em importantes portos da bacia amazônica, como Manaus-AM, Santarém-PA e Santana-AP, incrementando assim a atividade econômica daquela região. Para realizar a medição das profundidades toda a área do “quebra-mola do Amazonas” foi divida em 23 linhas de 24 milhas náuticas cada, totalizando mais de mil quilômetros de sondagem.

Esta região está presente em levantamentos hidrográficos realizados pela Diretoria de Hidrografia e Navegação desde a década de 50, com a pioneira e lendária Comissão do Navio Hidrográfico Rio Branco em 1952, tendo como Comandante o então Capitão-Tenente Maximiano da Fonseca e que ficou conhecida como a "Epopeia da Barra Norte de 1952".

Aquela foi uma comissão com mais de 11 meses de duração e até hoje é considerado um dos maiores feitos da Hidrografia brasileira que permitiu abrir a Barra Norte do Rio Amazonas ao tráfego mercante. Na época, Macapá era uma cidade com 9.700 habitantes e hoje, após tantos progressos econômicos, em grande parte sustentados pelo escoamento de produtos possibilitado por aquele levantamento, fizeram a cidade superar meio milhão de habitantes e figurar como um importante porto da região norte.

Com mais de 60 anos da realização deste pioneiro levantamento, novas tecnologias estão presentes nos recentes levantamentos, permitindo explorar o maior potencial navegável da Barra Norte do Rio Amazonas. Com 11 levantamentos realizados na região, o NHi “Sirius”, escreveu boa parte de sua história nas águas do Rio Amazonas.

Esta comissão é mais um levantamento hidrográfico na Barra Norte do Rio Amazonas realizado pelo “Sirius” e que contabilizam acontecimentos da história do navio em mais de 120 comissões hidrográficas realizadas na “Amazônia Azul” e no exterior.

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