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Modernização marca dia do material bélico

Bombas guiadas à laser, mísseis superfície-ar e óculos de visão noturna. Esses são alguns exemplos dos artefatos bélicos empregados pela Força Aérea Brasileira (FAB), que celebra nesta segunda-feira (11/11) o dia do Material Bélico da Aeronáutica. A data é uma homenagem  ao evento histórico de 1944, quando as aeronaves do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) voaram pela primeira vez como unidade independente nos céus da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.
 
Os aviadores brasileiros realizaram a missão com sucesso graças também ao trabalho dos especialistas da FAB, que além do trabalho de remuniciamento e harmonização das metralhadoras com o visor de tiro, resolveram com criatividade vários problemas das aeronaves P-47 Thunderbolt, utilizadas pelo 1º GAVCA, mudando uma série de procedimentos e até o projeto nas aeronaves.
 
Na mensagem pela celebração da data, o Tenente-Brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, Comandante do Comando-Geral de Apoio (COMGAP), ressalta que o evento do passado deve servir de exemplo para quem atua na área. "Os militares e profissionais de hoje tem a responsabilidade de manter o mesmo espírito altivo e guerreiro, em busca do cumprimento da missão legada por nossos combatentes do passado, contribuindo de forma efetiva, para o fortalecimento do braço armado da aeronáutica", disse ele.
 
Atualmente, o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica (SISMAB) é responsável pelo planejamento, aquisição, controle, distribuição e manutenção dos itens bélicos. Sob orientação da Diretoria de Material Bélico Aeronáutico (DIRMAB) e com o apoio do Parque de Material Bélico (PAMB-RJ), ambos localizados no Rio de Janeiro, a FAB nos últimos dez anos, incorporou à sua frota cinco projetos aeronáuticos que utilizam armamento, gerando assim, demanda de novas aquisições de material para a manutenção operacional de pronta-entrega.
 
No emprego de vetores aéreos, foi destaque esse ano, o primeiro lançamento operacional de bombas guiadas à laser no estande de tiro de Saicã, localizado a 120 km da Base Aérea de Santa Maria (RS). Já no emprego terrestre da FAB, os Grupos de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (GAAAD), localizados em Manaus (AM) e em Canoas (RS), estão sendo equipados com radares, imageadores termais e, futuramente,com mísseis de médio alcance. (Leia mais na Revista Aerovisão)
 
Segundo o Subdiretor de Material Bélico da DIRMAB, Brigadeiro Luís Carlos Lébeis Pires Filho, é necessário mais investimento e treinamento de pessoal para o futuro. "Uma vez que existe uma tendência natural de o fator tecnológico tornar-se preponderante, crê-se que o futuro reserva destaque para parcerias com empresas de alta tecnologia, buscando-se cada vez mais aquisições de itens e equipamentos que tenham alta qualidade e elevado grau de eficiência, tais como armamentos inteligentes", afirma.
 
O profissional – O especialista em armamentos é responsável pelos serviços técnicos de manutenção, estocagem e instalação de material bélico aéreo e terrestre, além de atuar no emprego de armamentos terrestres e na instrução de tiro com armas portáteis. Para o Tenente Especialista em Armamentos Alex Araújo, especialmente na instrução de tiro, a segurança é o fator primordial. "Acredito que todo investimento que se faça para melhorar o treinamento e as instruções se reverte em uma Força mais operacional", finalizou.
 
O profissional é também responsável pela manutenção e descontaminação do estande de aviação, local onde é empregado arma  mento aéreo. 
 
Patrono – O patrono da data é o Tenente-Coronel Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado, que nasceu em São Paulo, em 9 de Fevereiro de 1921. Foi declarado aspirante em 1943, ano em que foi para os Estados Unidos e se especializou em armamento para assumir a chefia da Seção de Material Bélico do 1º Grupo de Aviação de Caça na Campanha da FAB na Itália, na 2ª Guerra Mundial.
 
Além de controlar e fazer a manutenção do armamento, realizou diversas atividades como o remuniciamento dos aviões, harmonização das metralhadoras com o visor do tiro, conjugação de comando de disparo das metralhadoras com as câmeras cinematográficas para registro dos resultados das missões.
 
Ao regressar ao Brasil, introduziu novos métodos de armazenagem de material bélico, modificou o Sistema de Ordens Técnicas e estabeleceu nomenclatura padrão, que foi adotada pelas Forças Armadas do Brasil. Prado também idealizou alguns tipos de bombas incendiárias e respectivas espoletas, produziu os primeiros foguetes de aviação fabricados no Brasil e desenvolveu, juntamente com oficiais do Exército, novos tipos de propelentes sólidos.

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