Sevilha (EFE) — A multinacional espanhola de engenharia Ghenova assinou um contrato com a Marinha do Brasil, avaliado em R$ 6,4 milhões, com duração prevista de um ano e possibilidade de renovação por quatro, segundo informou nesta terça-feira um comunicado da empresa.
"O contrato é um acordo marco, espécie de contrato guarda-chuva, que abrange trabalhos de engenharia de detalhamento para construção, reparos e modernização dos meios navais da Marinha", anunciou o empresa, segundo a qual a demanda inicial será finalizar os navios-patrulhas (NaPa) Maracanã e Mangaratiba, que estam inacabados.
Ghenova acumula uma ampla trajetória em projetos de embarcações militares, com capacidade para realizar todas as fases da concepção e da engenharia de navios, tanto civis como militares de alta tecnologia, de acordo com o comunicado.
Este contrato foi assinado diante da presença do contra-almirante diretor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, de outros comandantes, do diretor-geral corporativo da Ghenova, Raúl Arévalo, do gerente da empresa no Brasil, Frederico Cupello.
O CEO da empresa, Francisco Cuervas, ressaltou que o contrato é "uma oportunidade muito importante para a companhia", já que permitirá adquirir mais carga de trabalho da Marinha brasileira.
Ghenova é líder no setor naval e offshore, e já participou de importantes projetos do setor de defesa, como a fragata espanhola 105 Cristóbal Colón, um LHD (Landing Helicopter Dock) para a marinha da Austrália, o navio Juan Carlos I para a Marinha da Espanha, e diversos trabalhos para a Marinha da Colômbia.
Este grupo de engenharia conta com uma equipe de mais de 500 pessoas e que oferece serviços de engenharia multidisciplinar e consultoria em setores como defesa e, no âmbito civil, energia, indústria, infraestrutura, naval, offshore, aeronaútica e sistemas.
Atualmente, opera em mais de 25 países e tem escritórios em Sevilha, Puerto de Santa María (Cádiz), Vigo (Pontevedra), Ferrol (La Coruña) e Madri, assim como em Colômbia, Bolívia, Brasil e Austrália.
Nota DefesaNet
Os Navios-Patrulha (NaPa) estavem sendo construídos no Estaleiro EISA (ex-Mauá), de um lote de quatro, no RJ. Com a falênciado EISA a MB retirou os NaPa, em várias estágios de construção e após o Arsenal da Marinha do RJ ter assinado um termo com a MB em 2019, formaliza agora a estapa de conclusão dos Navios-Pautrulha.
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