Os Laser Verdes (Green Laser) têm sido o maior problema de segurança de voo no mundo e de uma forma crescentemente espantosa no Brasil (ver gráficos do CENIPA acima).
Inicialmente tratados como brincadeiras de mau gosto, os ataques com laser verde já são vistos como um perigo real à segurança de voo. Na noite deste domingo (14FEV2016), um voo que ia da Inglaterra para os Estados Unidos teve de retornar ao aeroporto de Heathrow. Um dos pilotos do voo VS25, da empresa aérea Virgin Atlantic, foi atingido por raios laser apontados do solo para o cockpit da aeronave após a decolagem.
A luz provocou danos à visão do piloto, que decidiu retornar ao aeroporto de origem. A aeronave, um Airbus A340, declarou emergência médica e voltou ao aeroporto de Heathrow, em Londres. O voo se dirigia para Nova York.
O incidente teria ocorrido a cerca de 10 km do aeroporto de onde o avião decolou.
O pouso na capital inglesa ocorreu pouco antes das 21h, no horário de Brasília.
A aeronave já tinha sobrevoado a Irlanda quando obteve permissão para retornar.
Tem ocorrido um número crescente de ataques com laser no Reino Unido, nos últimos anos segundo a UK Civil Aviation Authority. Mais de 1.300 ataques têm sido reportados a cada ano, desde 2010, comparados aos 20 ataques ocorridos, em 2005.
Em 2015 ocorreu um dos mais sérios incidentes no Reino Unido, quando um piloto da British Airways teve seus olhos atingidos por um laser de potência militar, quando estava nos procedimentos de descida para pouso em Heathrow.
No Brasil
As rotas de aproximação e decolagem da maioria dos aeroportos brasileiros sobrevoam áreas urbanas o que as tornam propícias para ataques com fachos de raio laser.
Muitos destes ataques são originados pela curiosidade e a impressão de ação ao ver o facho do seu laser projetado na fuselagem de uma aeronave.
Porém, a grande maioria dos ataques é focada para a cabine com os danos potenciais às atividades da tripulação nos procedimentos críticos de pouso e decolagem.
Não há reportes de danos aos olhos da tripulação no Brasil. O número de ataques têm reduzido em número geral, porém a potência dos laser têm aumentado, com a maior disponibilidade de sistemas de empregos militar e policial.
Portanto os ataques têm assumem um potencial com uma letalidade maior.
Junto ao emprego de drones, ditos de recreação, os laser colocam em risco a
segurança da aviação civil no Brasil e no Mundo.
O Impensável
Uma conjunção de ataques de drones equipados com laser não pode ser descartada em um futuro próximo. Isto pode ocorrer por um desafio da curiosidade de um “nerd” ou a realidade de uma arma efetiva em mãos de um terrorista.
A empresa aeronáutica AIRBUS anunciou que está trabalhando em um filme de proteção para ser aplicado aos vidros do cockpit. A película em desenvolvimento cobre o facho de 532 nanometer ( 1 Bilionésimo de metro), o mais comum dos laser verdes empregados atualmente.
A empresa não anunciou os resultados dos testes iniciados, em fins de 2015.
No momento a mais efetiva ação, para conter os aataques, é a imposição de pesadas penalidades aos atacantes. Em especial nos Estados Unidos onde é crime federal, sujeito a 20 anos de prisão, uma multa de 250 mil dólares e mais outra multa de 11 mil dólares imposta pela FAA ( Federal Aviation Agency).
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