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Marinha na LAAD Parte 1

Marinha na LAAD Parte 1

Marinha na LAAD Parte 2

Programa Nuclear da Marinha (PNM)
 
A Marinha do Brasil tem desenvolvido o seu Programa Nuclear, cujo propósito é dominar a tecnologia necessária ao projeto e construção de um submarino de propulsão nuclear, com poder dissuasório maior que o do submarino convencional, por sua capacidade de operar quase que indefinidamente submerso.
 
As principais atividades do Programa estão sob responsabilidade do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), que visam adquirir a competência técnica nacional para projetar, construir, comissionar, operar e manter reatores do tipo Reator de Água Pressurizada – Pressurized Water Reactor (PWR) além de produzir o seu combustível.
 
Dominada essa tecnologia, ela poderá ser empregada na geração de energia elétrica, quer para iluminar uma cidade, quer para propulsão naval de submarinos.
 
A conquista da tecnologia necessária à geração de energia núcleo-elétrica, para uso em propulsão naval, passa por complexos estágios de desenvolvimento, merecendo destaque:

– o domínio do ciclo do combustível nuclear (já conquistado); e
– o desenvolvimento e construção de uma planta nuclear de geração de energia elétrica.

 
Essa instalação poderá servir de base e de laboratório para o desenvolvimento de outros projetos de reatores nucleares no Brasil (em andamento).
 
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
 
O PROSUB é um programa prioritário da Marinha que visa capacitar o Brasil a projetar os seus próprios submarinos e construir, no País, inclusive o Submarino de Propulsão Nuclear.
 
Embora o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) tenha logrado êxito, a partir da década de 1990, na construção de submarinos, faltava à Marinha a capacidade de projetar esses meios. O acordo com a França, um país que dispõe de larga experiência de projeto e construção de submarinos nucleares e detém conhecimento avançado nessa área, visa abreviar as etapas da parte não nuclear desse tipo de submarino, com a transferência de tecnologia.
 
Em face da complexidade e da grandiosidade do empreendimento, a Marinha do Brasil criou a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), com a finalidade de gerenciar o projeto e a construção do estaleiro e da base de submarinos e dos próprios submarinos.
 
Estaleiro e Base Naval
 
A Marinha do Brasil está construindo um estaleiro e uma Base Naval em Itaguaí (RJ), além de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), com prontificarão geral das obras prevista para 2015.
 
Esse conjunto de obras constitui a parte de infra-estrutura do PROSUB, cujo propósito é capacitar o Brasil a produzir e a operar submarinos convencionais e com propulsão nuclear.
 
As obras civis deverão estar concluídas em cinco anos e ali serão construídos quatro submarinos convencionais e um nuclear, até 2025.
 
A Base Naval estará apta para operar com até seis submarinos nucleares e quatro convencionais e o estaleiro é dividido em setor de construção, onde é possível trabalhar em até dois submarinos ao mesmo tempo, e setor de manutenção, que inclui dois diques secos.
 
Obtenção dos Submarinos Convencionais
 
Está prevista a obtenção de quatro Submarinos Convencionais (S-BR), os quais serão construídos no Brasil e cujo projeto é decorrente dos submarinos franceses da classe “Scorpène”.
 
No escopo da obtenção dos S-BR, com vistas à construção do Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR), está prevista a transferência de tecnologia de projeto e construção de submarinos de acordo com os métodos e processos franceses, o que permitirá a preparação de um corpo técnico formado por engenheiros, especialistas e operários nacionais.
 
Os S-BR serão entregues em 2017, 2018, 2020 e 2021, respectivamente.
 
Obtenção do Submarino de Propulsão Nuclear
 
Para a obtenção do SN-BR foi criada uma Escola de Projeto de Submarinos (École de Conception des Sous-marins), em Lorient, na França, dedicada, exclusivamente, à transferência de tecnologia em projeto de submarinos, particularmente o submarino de propulsão nuclear, à exceção da parte nuclear, que caberá, exclusivamente, à Marinha do Brasil desenvolver, o que está sendo feito pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), com previsão de integração ao SN-BR em 2018 A construção do SN-BR deverá ser iniciada em 2016, no estaleiro de Itaguaí, e sua entrega está prevista para 2025.

 
Fonte – Marinha do Brasil

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