A Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, no Rio de Janeiro (RJ), realiza nesta semana o Jogo de Manobra de Crise. Durante quatro dias, 44 Coronéis da Força Aérea Brasileira, alunos do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais (CPEA), precisam elaborar soluções políticas e militares para enfrentar uma situação simulada de crise que ameaça a soberania nacional.
O jogo envolve plenárias, coletivas de imprensa e até a simulação de uma audiência pública. A cada dia, os grupos recebem novas informações que complicam o cenário de crise, e precisam elaborar soluções para assessorar o Governo Federal. Além de um ano de aulas no curso, cada participante já traz a experiência de três décadas de serviços na Aeronáutica, incluindo experiências como Comandantes de Bases Aéreas, Esquadrões de voo, Adidâncias Militares no exterior e atividades em diversas áreas, como unidades de Intendência, Infantaria e Saúde.
"Nós estamos formando os futuros tomadores de decisão da Força Aérea", explica o Coronel-Aviador Luiz Paulo da Silva Costa, da equipe de coordenação do Jogo. Concluir o CPEA é um dos requisitos para ser promovido ao posto de Brigadeiro do Ar e assumir funções de Alta Chefia no Comando da Aeronáutica. "Aqui temos uma consolidação de experiências. É muito válido", completa o Coronel-Aviador Fernando Almeida Riomar, aluno do CPEA. Também participam do curso um Capitão de Mar-e-Guerra da Marinha do Brasil e dois Coronéis do Exército Brasileiro.
O Jogo de manobra de crise incluiu ainda a presença de convidados civis, que acrescentam pontos de vista diferenciados às discussões. Entre eles estão universitários dos cursos de ciências políticas, relações internacionais, defesa e engenharia nuclear. "Para nós, civis, acho importante que as pessoas tenham conhecimento do que os militares estão estudando", disse Diego Veras Santiago, estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro.