Rio de Janeiro – A Itaguaí Construções Navais (ICN), empresa formada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia e a francesa DCNS, anuncia sua homologação para a fabricação de cavernas para os cascos resistentes dos submarinos convencionais do programa PROSUB (Programa Nacional de Desenvolvimento de Submarinos, da Marinha do Brasil). As cavernas são estruturas fabricadas com chapas de aço de alta resistência que reforçam os cascos do submarino, cuja tecnologia que está sendo transferida pela DCNS.
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Para esta conquista, 26 integrantes da Marinha Brasileira e 20 da NUCLEP (Nuclebrás Equipamentos Pesados) foram treinados. Anteriormente, somente a NUCLEP, subcontratada pela ICN para a fabricação do casco resistente, havia sido homologada. Com essa homologação, a ICN fica autorizada a fabricar cavernas, o que contribuirá parae acelerar o cumprimento do contrato de fabricação do casco resistente dos submarinos SBR.
“A homologação para fabricar cavernas representa uma pequena parte desse processo de transferência de tecnologia para a construção de submarinos e ela assegura que a ICN absorveu essa tecnologia. Através dessa homologação, a DCNS autoriza a ICN a fabricar as cavernas de acordo com o mesmo processo construtivo utilizado na França”, explica René Fukumoto, responsável técnico na construção dos submarinos.
A fabricação das cavernas exige o uso de dispositivos de montagem e de máquinas de solda manuais e automáticas, além de uma equipe de profissionais para operá-los. Aproximadamente 30 pessoas, subdivididas em diversas frentes de trabalho (operadores de máquinas, maçariqueiros, esmerilhadores, profissionais de tratamento térmico, soldadores, chapeadores traçadores, desempenadores etc.), estão envolvidas no processo.
Em paralelo com a produção de cavernas, são fabricadas chapas que serão montadas sobre estas cavernas para compor uma subseção. Um conjunto de subseções forma uma seção e, finalmente, um conjunto de seções forma o casco resistente do submarino.
Sobre o PROSUB
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, firmado no final de 2008 como parte do Acordo Estratégico Brasil-França, prevê a construção de quatro submarinos convencionais, um submarino de propulsão nuclear, um Estaleiro e uma Base Naval, em Itaguaí (RJ). O acordo prevê ainda que o submarino de propulsão nuclear seja totalmente desenvolvido no País.
O Brasil tem uma costa com cerca de 8.500 km de extensão, ao longo da qual se estendem as Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), totalizando uma área aproximada de 4,5 milhões de km2, a chamada “Amazônia Azul”, que contém riquezas biológicas e minerais ameaçadas pela exploração predatória. Nesta área, estão ainda distribuídas centenas de plataformas para exploração submarina. Mais de 90% do petróleo brasileiro são extraídos do mar. Além disso, aproximadamente 95% do comércio exterior brasileiro ocorrem via marítima.
Na costa está concentrada a maioria das capitais estaduais brasileiras, complexos industriais e portos marítimos. Para defesa deste inestimável patrimônio, a Marinha do Brasil, em decorrência da Estratégia Nacional de Defesa (END), prepara-se para ser uma Força moderna, dispondo de meios compatíveis com a inserção político-estratégica do País no cenário internacional e alinhada aos anseios da sociedade brasileira.
Nota DefesaNet
A empresa Itaguaí Construções Navais (ICN), empresa formada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia e a francesa DCNS, avança no domínio da construção do casco dos submarinos.
Observar que mesmo produzindo submarinos no Brasil, nas instalações do Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro, algumas seções do casco, como a parte frontal era recebida da Alemanha. Não estávamos habilitados nos processos mecânico-metalúrgicos da sua construção.
Acompanhe o Programa de Obtenção do Submarino (PROSUB) através da Cobertura Especial – Link