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Força Aérea forma 26 militares especializados em resgate

Após três meses de instrução, os 26 alunos do Curso Sar 2014 receberam o gorro laranja, símbolo da atividade de Busca e Salvamento. A formatura dos militares foi realizada (31/10) na Base Aérea de Campo Grande (BACG) e contou com a presença do Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro do Ar Carlos José Rodrigues de Alencastro. Na ocasião, houve também o descerramento da placa na galeria de formandos.

O Curso Sar 2014, ministrado pelo Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), ocorreu entre agosto e setembro. Par ter ideia do grau de dificuldade do curso, dos 59 inscritos neste ano, 37 efetivamente iniciaram as atividades. Em menos de um mês, dez desisitiram. Um se machucou perto do final do curso e foi desligado.

Depois de um nivelamento técnico, os alunos tiveram instruções em vários ambientes diferentes. Na fase de montanha, em Itatiaia, na região serrana do Rio de Janeiro, os alunos desenvolveram atividades de rapel, marchas e tirolesa culminando com a escalada do Pico das Agulhas Negras. Na etapa de mar, os militares participaram de um teste de sobrevivência no qual permaneceram três dias em um bote na praia do Forte Imbuhy, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Já no módulo de selva, realizado no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), na Serra do Cachimbo, no Sul do Pará, houve oficinas sobre abrigos, armadilhas e obtenção de alimentos. Eles também realizaram um exercício de cinco dias de sobrevivência na mata isolada, além de treinamentos envolvendo técnicas de resgate em combate.
 

“Desde a década de 90 o curso vem sendo aperfeiçoado. Possuímos uma equipe de instrução de alto nível e além disso contamos com um bom suporte logístico. Com esses diferenciais proporcionamos aos alunos a bagagem necessária para que eles possam cumprir, depois de formados, as missões de busca e salvamento”, ressalta o Comandante do PARA-SAR, Major de Infantaria Eduardo Gomes Nogueira.

O Sargento Vinícius de Mello Galo é um dos formandos que passam a integrar a seleta família dos homens de resgate. Ele foi considerado o aluno destaque pelo bom desempenho durante o curso.

“É uma data muito importante, pois me sinto com o dever cumprido. O curso me proporcionou várias mudanças, principalmente na área pessoal. Passei a dar valor às pequenas coisas da vida e aumentei minha capacidade de trabalhar em equipe”, revela. “É uma satisfação muito grande poder desempenhar um trabalho voltado para ajudar as pessoas nos momentos difíceis”, complementa o militar.

Depois de 10 anos tentando fazer o curso, o Sargento Francisco Wilter da Silva Ramos finalmente realizou seu sonho. “É uma grande conquista. Sempre quis fazer parte de uma equipe de resgate. É um trabalho que traz muita satisfação”, diz o militar.

Durante a etapa no mar, no entanto, ele quase teve de adiar mais uma vez a meta de se tornar um resgateiro. “Foi um momento muito difícil, pois fiquei sabendo que a minha esposa precisava fazer uma cirurgia. Pensei em desistir, mas os instrutores e os companheiros me deram muita força. No final deu tudo certo”, comemorou o Sargento.

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