As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia afirmaram nesta quinta-feira ter derrubado o avião da Aeronáutica colombiana, incidente que matou dois militares que realizavam uma operação no departamento do Cauca.
"O último combate, executado ontem às 15h30 (17h30 de Brasília), na vereda Paletón, do município de Jambaló, deixou como resultado a derrubada de um avião Super Tucano por nosso fogo antiaéreo e matou seus dois tripulantes", indicam as Farc em comunicado datado das "Montanhas do Cauca" e assinado pela "Coluna Jacobo Arenas".
A guerrilha indica que esse ataque estava emoldurado na chamada "Operação Alfonso Cano", que matou o ex-líder máximo da guerrilha em novembro de 2011 pelo Exército colombiano.
Esta afirmação contrasta com os argumentos pronunciados nesta quinta-feira pelo comandante da Força Aérea Colombiana (FAC), general Tito Saúl Pinilla. Segundo ele, não há indícios de que o avião tenha sido derrubado, ao especificar que se tratou de "um acidente aéreo que deve ser investigado".
Mas as Farc deram outra versão: "desde o dia 3 de julho mantivemos assediados o Exército e a Polícia que covardemente se defende no perímetro urbano do município de Jambaló", indica o comunicado, no qual a guerrilha destaca que, desde essa data, "realizou 32 combates de diferentes características".
A derrubada do Super Tucano, avião militar de fabricação brasileira, ocorreu na quarta-feira. Segundo a guerrilha, não decorreu de uma falha técnica ou humana, como dizem as autoridades colombianas.
"Também foi recuperada por nossa força parte do material de guerra do avião, inclusive uma metralhadora .50", acrescenta o comunicado.
"Estamos convencidos e afônicos de repetir que os problemas que a Colômbia sofre, e esta etapa do desenvolvimento da sociedade em sua mais elevada expressão de contradições, podem ser superados de forma civilizada e pacífica através do diálogo", destaca a nota.