Agência Força Aérea
Em dois dias de operações, a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou cerca de 25 toneladas de suprimentos para as vítimas das enchentes em Santa Catarina, no sul do País. Os dois helicópteros da FAB, um H-34 Super Puma, do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, e um Black Hawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, transportaram, de forma ininterrupta, água potável e mantimentos para o município de Rio do Sul, um dos mais afetados pelas chuvas. Uma Missão de Misericórdia também trasladou nove pessoas que precisavam urgentemente realizar sessões de hemodiálise.
A missão de ajuda humanitária teve início no sábado (10/9) com o transporte de oito toneladas de suprimentos entre água, cestas básicas, material de higiene e limpeza, além de medicamentos. As operações prosseguiram durante todo o dia de domingo (11/9). Logo ao nascer do sol, as aeronaves da FAB iniciaram, prioritariamente, o transporte de água potável para o município de Rio do Sul. Cerca de 70% da cidade ainda continua debaixo da água. No final do dia os dois helicópteros haviam transportado 16,6 toneladas de carga.
"Como os acessos rodoviários às cidades afetadas pelas chuvas já começam a ser restabelecidos, os mantimentos devem começar, a partir de agora, a ser transportados por via terrestre e pelas aeronaves de pequeno porte das forças auxiliares. O nosso papel, de transporte emergencial logo após a calamidade, com o emprego de helicópteros de grande porte, foi cumprido e temos a certeza de que foi um fator importante para amenizar o sofrimento das vítimas das enchentes", afirma o Coronel Aviador Paulo Roberto de Barros Chã, Comandante da Base Aérea de Florianópolis, que em coordenação com órgão do governo de de Santa Catarina, esteve à frente das operações da FAB na ajuda humanitária no estado.
Durante o transporte de mantimentos, a tripulação do H-34 Super Puma, do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, realizou uma Missão de Misericórdia. Nove pessoas que precisavam urgentemente realizar sessões de hemodiálise e estavam isolados em várias cidades foram transferidas de Pouso Redondo para Rio do Sul.
"Essas pessoas necessitam fazer as sessões todos os dias. Algumas delas já estão há três dias sem fazer a hemodiálise e se não fosse o transporte rápido via aérea certamente o quadro delas, que é estável no momento, poderia se complicar", ressaltou o médico Ludovico Sehnem Jr, que atendeu e encaminhou os pacientes para o tratamento em uma clínica da cidade de Rio do Sul.