NAIROBI, 21 de julho (Reuters) – A Embraer vê a África como um mercado de grande crescimento e pretende dobrar o número de seus jatos em operação no continente, disse Mathieu Duquesnoy, vice-presidente da companhia.
A companhia organizou um evento de dois dias sobre aviação na capital do Quênia, Nairobi, o primeiro da Embraer na África, em meio a uma estratégia para aproveitar o rápido crescimento da indústria aeronáutica na região.
"Se olharmos para a demanda de passageiros, há um crescimento médio de 5,4 por cento (na África), um dos maiores que previmos ao redor do mundo", disse Duquesnoy. "Estamos realizando este evento… para ter certeza de que nossa proposta atenda aos requisitos da comunidade africana", afirmou.
A Embraer pretende elevar seu volume de encomendas junto às principais companhias aéreas da África, principalmente no segmento de aeronaves regionais, segmento importante para a companhia brasileira.
Atualmente, 150 aviões da Embraer operam na África, e a companhia deseja dobrar esse número.
O segmento de aeronaves regionais representa 38 por cento da base total de clientes da Embraer.
Entre as companhias africanas que utilizam jatos da Embraer estão Egyptair, Air Nigeria, a LAM, de Moçambique; e Kenya Airways, disse Duquesnoy.
"Olhando para o potencial, bem que seria possível (dobrar as vendas)", disse Duquesnoy. "Temos um forte potencial para crescer significativamente nessas regiões, novamente porque oferecemos aeronaves de 30 a 120 lugares, o que atende às expectativas das companhias aéreas africanas."
A África atraiu várias das principais companhias aéreas do mundo, especialmente do Oriente Médio e da Ásia nos últimos anos. Espera-se que isso possa oferecer benefícios à Embraer devido a oportunidades ligadas à conexão de rotas.
"Prevemos que haverá mais 800 aviões nos próximos 20 anos operando na África, independente do tipo. Desses, 200 seriam da Embraer, então, vemos aí um forte potencial", disse Duquesnoy.
O executivo comentou que o maior potencial de crescimento da Embraer na África está nos modelos de 90 a 120 assentos.
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DefesaNet Na fase crítica da antiga EMBRAER , fins dos anos 80 e início dos 90 havia uma perspectiva de mercado para cerca de 500 aviões Bandeirante na África. Mas fruto do moratório que o Brasil tinha entrado e a crise econômica nacional não houve crédito para avançar e explorar as potencialidades do mercado africano.
Atualmente com o BNDES financiando as possibilidades de a EMBRAER entrar no mercado africano é expressiva. Mas a própria análise de mercado da EMBRAER Market Outlook 2011-2030 registra um potencial de 195 aeronaves na faixa de 30-120 lugares. Com um mísero 3% dos 7.225 aeronave prevista para os próximos 20 anos.
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