A GE Aviation, em parceria com os principais envolvidos na aviação brasileira, lança uma iniciativa em busca de maior eficiência nas operações aéreas que trarão benefícios como a redução do consumo de combustível e emissão de gases poluentes. Batizada de Céus Verdes do Brasil, a iniciativa contempla o estudo da área de dez aeroportos com base na análise de dados proveniente das aeronaves, além de simulações do sistema aéreo como um todo.
A GOL é a primeira companhia aérea comprometida com o programa. Com a expectativa de aumento das viagens aéreas no Brasil em 6,5% ao ano nos próximos dez anos[i] e por sediar eventos mundiais como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, a evolução natural das operações aéreas no País passa pela busca de eficiências adicionais do uso do espaço aéreo. Somente no aeroporto internacional de Brasília (DF), dados de voos analisados demonstram que a GOL teria um potencial (dependente de uma avaliação mais detalhada e completa por parte do DECEA) de economizar uma média de 35 km, 7,5 minutos, 290 litros de combustível e 738 kg de CO2 por abordagem, em comparação com as rotas convencionais, ultrapassando mais de US$ 75 milhões em economias operacionais ao longo de cinco anos.
A concepção do projeto Céus Verdes do Brasil nasceu de uma pesquisa em âmbito nacional, que começou há dois anos com a participação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Secretaria da Aviação Civil (SAC), GOL, AZUL, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Infraero, Associação das Empresas Aéreas (ABEAR), e Petrobras CENPES, entre outras, onde foi possível reunir dados de representantes da aviação civil brasileira para que, por meio de diagnósticos baseados em dados reais, fossem identificadas as oportunidades para ganhos em eficiências operacionais.
Sérgio Zuquim, diretor da GE Aviation Flight Efficiency Services para a América Latina, explica a importância da parceria com as agências governamentais. “Seguindo as diretrizes traçadas pelo então diretor-geral do DECEA, Brigadeiro Ramon, esse programa visa um trabalho colaborativo com o intuito de complementar capacidades de processamento e análise dos dados das operações aéreas, modelo de análise da eficiência das operações e compartilhamento de melhores práticas”, explica o executivo.
Inicialmente, a expectativa do programa é que procedimentos RNP AR (túneis virtuais no espaço aéreo) sejam implementados pelo DECEA em aeroportos como Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ), Curitiba (PR), Brasília (DF), Pampulha (MG), Confins (MG), e Vitória (ES). No aeroporto Santos Dumont (RJ) voos com os procedimentos RNP AR do DECEA foram feitos pela GOL em 2012. “Esses esforços garantem uma rede eficiente e econômica em termos de gerenciamento do espaço aérea e custos logo no primeiro ano”,revela Zuquim.
Parceria de sucesso
“A equipe da GOL liderou o programa sob a perspectiva das companhias aéreas, compartilhando com a GE dados de voos e operações para análise, recursos humanos e cálculos de redução de custos por meio do seu programa de Melhoria Contínua, identificando os maiores desafios do espaço aéreo”, disse o Comandante Pedro Scorza, diretor Operacional da GOL.
“Utilizando a ferramenta de Análises de Eficiência da GE Aviation, será possível estudar dados reais para que a aviação discuta alternativas de otimização do espaço aéreo além da mensuração e validação da redução de custos”, avalia Sérgio Zuquim. “Isso pode garantir economia de combustível, quilômetros voados, redução de perfil vertical, ganhos de capacidade, melhorias ambientais e de rendimento de pista” detalha o executivo.
O comandante Ronaldo Jenkins, Assessor Técnico da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), explica a importância da parceria entre empresas como GE e GOL e agências reguladoras. “Com o lançamento do programa Céus Verdes do Brasil ressaltamos nossas sinceras congratulações pela disposição de todas as entidades envolvidas em se engajar neste trabalho proativo, pois o esforço conjunto e a união de capacidades nos dão a certeza de sucesso em tal empreendimento. Isoladamente somos capazes de avançar, mas juntos vamos fazê-lo muito mais rápido e com maior eficiência. Esse é o objetivo desta parceria público privada, em benefício da atividade aérea brasileira”, celebra.