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Dilma promete plano antiapagão aéreo

Leonencio Nossa

O governo anunciará até o fim desta semana um plano de contingência para reduzir transtornos na aviação durante as férias de julho, que incluirá internet sem fio gratuita. A presidente Dilma Rousseff teme que os problemas de atrasos de voos e overbooking no período de intenso movimento de passageiros aumentem ainda mais as críticas da Fifa e de setores da opinião pública pela demora nas obras de melhoria das pistas e dos terminais das cidades que realizarão jogos da Copa de 2014.

Dilma se reuniu ontem com o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir o plano de contingência. Dilma pediu a Wagner Bittencourt relatórios sobre a situação dos voos.

A presidente vai acompanhar pessoalmente a situação nos terminais e exigir providências imediatas das companhias. "Ela quer receber relatórios para saber o que está acontecendo", afirmou a ministra Gleisi. "É preciso um comprometimento das empresas aéreas de que não haverá casos de overbooking (venda de passagens acima da capacidade dos voos)."

Na sexta-feira, o secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, afirmou, em discurso em Moscou, que a "falta" de aeroportos no Brasil é um dos principais problemas para a realização da Copa do Mundo de 2014.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, que ontem se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, rebateu: "Essa é uma manifestação de quem desconhece o País e acompanha remotamente nosso processo de preparação para a Copa."

Wireless. Em entrevista após o encontro, Gleisi informou ainda que a presidente determinou que os principais aeroportos ofereçam internet sem fio gratuita nos terminais durante esse período de férias de meio de ano.

A própria ministra, no entanto, reconheceu que a medida poderá ser aplicada apenas no fim do mês, no retorno dos passageiros das férias. "A presidente quer internet grátis. Queremos implementar no início de julho. Se não for possível, que seja no fim das férias", disse.

Mas o governo não teme apenas a falta de internet nos terminais em julho. A presidente e os ministros avaliam que é preciso um "mutirão" por parte da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para melhorar as condições de banheiros e outros serviços. "A Infraero tem de ser responsável pela população que utiliza os aeroportos", ressaltou a ministra da Casa Civil.

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