Trabalhadores demitidos da Graúna estão acampados, nesta sexta-feira, dia 9, em frente à Embraer, na Avenida Faria Lima. A manifestação é uma forma de pressionar a Embraer a se posicionar e intervir para garantir o pagamento das verbas rescisórias dos demitidos e impedir o fechamento da Graúna.
Cerca de 70 trabalhadores demitidos estão participando do protesto. A Graúna é a principal fornecedora da Embraer – sua única cliente. A empresa foi criada em 2005, com mais de 470 funcionários. Em fevereiro, 125 trabalhadores foram demitidos durante o feriado de Carnaval e, hoje, a empresa conta com pouco mais de 100 funcionários.
Esta semana, a Graúna afirmou que não irá pagar as verbas rescisórias dos demitidos, somadas em cerca de R$ 2 milhões. Por isso, os trabalhadores exigem que a Embraer e o BNDES – detentor de 40% das ações da Graúna – intervenham no caso.
A Graúna é considerada uma empresa estratégica para a Embraer, já que tem capacitação para participar dos programas de construção do cargueiro KC- 390 e dos caças F-X2.
Com uma dívida acumulada em R$ 35 milhões, passa por uma séria crise financeira e corre o risco de fechar as portas. A empresa já entrou, inclusive, em processo de recuperação judicial.
“A Embraer é tão responsável pelos demitidos quanto a Graúna e o Governo Federal. Queremos que a Embraer e o poder público abram discussão com o Sindicato para que sejam garantidos os direitos e empregos de todos os trabalhadores”, afirma Edmir da Silva, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Os trabalhadores permanecerão acampados em frente à Embraer durante todo o dia.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
