Os controladores de tráfego aéreo do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) estão na fase final de preparação para as operações simultâneas no Aeroporto Internacional de Brasília. A partir de novembro deste ano, dois aviões poderão pousar, ou decolar, ao mesmo tempo no aeródromo. Com as mudanças, a capacidade de pista passará de 60 para 80 pousos e decolagens por hora.
Para gerenciar as chamadas operações paralelas simultâneas independentes, os controladores de tráfego aéreo são submetidos a um treinamento com a utilização de simuladores. A tecnologia é capaz de simular, o mais próximo da realidade, as condições que os profissionais terão de gerenciar.
“No treinamento nós colocamos para os controladores as situações mais extremas como, por exemplo, meteorologia desfavorável e dois aviões arremetendo ao mesmo tempo e retornando para fazer novos procedimentos de pouso”, explica o Comandante do CINDACTA I, Brigadeiro do Ar Leonidas de Araújo Medeiros Júnior. A preparação é feita no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos, interior de São Paulo.
O aeroporto da capital federal é um dos poucos do País que possui as condições necessárias para operar com pistas independentes: duas longas retas paralelas, distantes suficientemente uma da outra, ao alcance visual de uma torre. Desde 2014, Brasília (DF) já transporta mais passageiros do que Congonhas (SP) e Galeão (RJ).
Segurança
A ampliação da capacidade de pista aumentará do fluxo de aeronaves. Mesmo com crescimento dos movimentos aéreos no local, o Brigadeiro Leonidas explica que a segurança das operações continua sendo a prioridade. “A segurança sempre estará garantida. Qualquer implementação que nós façamos, nós sempre manteremos o nível de segurança. Essas mudanças só são autorizadas quando temos a garantia de que é seguro”, explica o oficia-general.
O Brasil é um dos países signatários da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). A instituição é a agência especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil mundial. Fundada em 1944, ela estabelece normas e regulamentos necessários para a segurança, eficiência e regularidade aéreas, além da proteção ambiental da aviação.