O construtor naval francês DCNS entrou com uma ação na Justiça contra um indivíduo que teve a identidade preservada por abuso de confiança, recebimento e cumplicidade, após o vazamento de informações técnicas confidenciais de seus submarinos Scorpène, informou uma fonte judicial.
Esta ação será examina pela procuradoria, que decidirá se vai abrir uma investigação preliminar, confiar as investigações a juízes de instrução ou arquivá-la.
A divulgação de 22.400 páginas, que o jornal The Australian afirma ter consultado, detalham as capacidades de combate do Scorpène, concebido para a marinha indiana, mas que várias unidades foram compradas por Malásia e Chile.
O Brasil deve passar a utilizar submarinos desde tipo a partir de 2018.
O vazamento pode preocupar também a Austrália, que outorgou em abril um contrato ao grupo DCNS para conceber e fabricar sua próxima geração de submarinos, batizada Barracuda.
Os documentos vazados descrevem as sondas dos submarinos, seus sistemas de comunicação e de navegação, e 500 páginas são destinadas ao sistema de lança-torpedos, precisou The Australian.
Segundo o jornal, o DCNS teria sugerido que o vazamento poderia ter se originado na Índia e não da França.
Os dados teriam sido retirados da França em 2011 por um ex-oficial da Marinha francesa que, na época, era empreiteiro do DCNS.
Os documentos poderiam ter passado por empresas do sudeste asiático antes de serem enviados a uma empresa na Austrália, acrescenta o jornal.
O site do DCNS afirma que o Scorpène está equipado com a tecnologia mais avançada, convertendo-o no mais letal dos submarinos de tipo convencional.
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