O Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal foi o cenário, no período de 15 de outubro a 12 de dezembro, do Curso Especial de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (DefNBQR), promovido pelo Comando do 3º Distrito Naval, com 39 militares sendo capacitados.
Com duração de 45 dias úteis, o curso tem como instrutores militares do Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, e como objetivo preparar militares da Marinha do Brasil (MB) e de outras Forças Armadas e Auxiliares, bem como de Nações Amigas, para o exercício de funções relacionadas à DefNBQR.
Ao longo do curso, são simuladas emergências envolvendo materiais radioativos, para que, em uma situação real, a resposta possa assegurar que todos os mecanismos e procedimentos tenham sido previamente estabelecidos para que seja completa, eficaz e coordenada no nível desejado.
NBQR na Marinha
O Almirante Engenheiro e Físico Nuclear Álvaro Alberto foi pioneiro nas pesquisas sobre energia nuclear no Brasil, além de idealizador e primeiro presidente do Conselho Nacional de Pesquisas.
Na década de 70, a MB adquiriu as Fragatas Classe “Niterói” dotadas de grande autonomia operacional e com capacidade de DefNBQR. Em 1987, o Hospital Naval Marcílio Dias atendeu as vítimas do acidente de Goiânia com Césio 137.
Desde então, é referência na América Latina. Já em 2010, a Marinha do Brasil assumiu o setor estratégico nuclear atrelada à DefNBQR; e, em 2011, foi implantado o Sistema de Defesa relacionado ao tema.
Ainda, em anos recentes, o Brasil foi palco de grandes eventos públicos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. E, um dos legados, foi o aprimoramento do preparo do pessoal e aquisição de materiais para ações de Defesa NBQR.