Por Lara Seligman – Texto do DefenseNews
Tradução, adaptação e edição – Nicholle Murmel
Diante da recente postura agressiva da Rússia em relação à Europa, o comandante da Força Aérea dos Estados Unidos no continente pede o estabelecimento de uma base permanente para os caças F-22 na região.
Mês passado, a USAF enviou quarto Raptors à Europa pela primeira vez como parte da European Reassurance Initiative – um esforço do Pentágono para aplacar a ansiedade dos aliados europeus diante das ações de Moscou.
A manobra pode ser o primeiro passo em estabelecer uma posição permanente para o caça de quinta-geração, apontou ontem (16) o general Frank Gorenc, comandante do contingente da USAF na Europa, durante a conferência anual promovida pela Associação da Força Aérea.
“O emprego recente dos F-22 provou as capacidades da aeronave no teatro de operações europeu, e apaziguou nossos aliados diante das agressões por parte da Rússia na Ucrânia e na Síria”, disse Gorenc. “O movimento para começar a introduzir o Raptor no teatro europeu foi uma decisão tomada faz tempo em nosso esforço para mandar uma mensagem, dar segurança aos nossos parceiros”, continuou. “Não sei até que ponto [a aeronave] foi capaz de deter o presidente Putin, mas fez muito em acalmar nossos aliados”.
Ainda Segundo o comandante, a USAF foi capaz de enviar rapidamente os caças, primeiro para a base aérea de Spangdahlem, na Alemanha, e de lá para a Polônia e, por fim, para a Estônia.A missão provou que há infraestrutura regional para dar apoio à presença dos Raptors.
Durante o desdobramento, os quarto F-22 e 60 aviadores do 95th Fighter Squadron treinaram com forças americanas e das nações aliadas, dando aos aviões a chance de conduzirem treinamento de combate aéreo com uma variedade de aeronaves americanas e europeias. O treinamento foi projetado para provar que caças de quinta-geração podem ser usados com sucesso em bases na Europa e em outras instalações da OTAN, além de familiarizar os pilotos com o teatro de operações do continente.
“Pode apostar que vou pedir para usar essa capacidade”, afirmou Gorenc ao ser questionado que a Força Aére considerava uma base permanente para os F-22 em solo europeu. “Reconheço que há prioridades a serem cumpridas e espero que nós, de vez em quando, ganhemos alguma atenção. Mas acho que estamos prontos, já provamos muita coisa”. Os comentários do general vêm poucas semanas após autoridades do alto escalçao do Pentágono começarem a se referir à Rússia como a maior ameaça atual aos Estados Unidos.