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Chile impõe restrições à fusão LAN-TAM

A fusão da TAM com a LAN recebeu sinal verde do Tribunal de Livre Concorrência do Chile (TDLC), abrindo caminho para a criação da Latam, a maior companhia aérea da América Latina. A decisão, divulgada mais de um ano após o anúncio de união das empresas, porém, envolve 11 condicionantes e, segundo as companhias, é "complexa" e precisará de tempo para ser avaliada.

Entre as condições impostas pelo tribunal está a renúncia pelas empresas de pelo menos uma das alianças globais de companhias aéreas que participam. Além disso, as empresas terão de trocar quatro pares de slots (permissão para pouso e decolagem) diários no aeroporto de Guarulhos (SP) com empresas que tenham interesse em iniciar ou aumentar serviços na rota Santiago-São Paulo.

Após a aprovação do TDLC, o negócio precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já autorizou a operação. A fusão das empresas, que será feita com uma troca de ações, foi anunciada em agosto do ano passado com objetivo de criar uma gigante da aviação mundial com receita de mais de US$ 10 bilhões, 40 mil funcionários e operações para 115 destinos em 23 países.

A operação ocorre com um pano de fundo de consolidação do mercado aéreo mundial, em que empresas buscam economias de custos por meio de aumento de escala e capacidade de negociação de preços.

Quando anunciaram o acordo, TAM e LAN informaram esperar sinergias anuais de US$ 400 milhões em três anos com a união, mas o negócio acabou sendo retardado por uma associação de consumidores do Chile, preocupada com a concentração de mercado no país.

Aliança. A LAN e a japonesa JAL requisitaram a reguladores dos Estados Unidos permissão para que uma possa vender passagens da outra. A medida pode ser um indício de que a companhia chilena vai permanecer na aliança global Oneworld após sua planejada fusão com a TAM, que integra a aliança rival Star Alliance.

/ REUTERS E DOW JONES

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