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Cadetes da AFA realizam exercício de sobrevivência no mar

Tenente Vanessa / Tenente Gabrielli


Os cadetes do segundo ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria realizaram, entre os dias 11 e 21 de setembro, um exercício de sobrevivência no mar, na cidade de Guarujá (SP), na 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Forte dos Andradas) – do Exército Brasileiro. São 48 horas em alto-mar, em balsas de sobrevivência.

Não há nada para fazer, apenas esperar. Pode parecer o exercício mais fácil que os cadetes realizam ao longo de sua formação na Academia da Força Aérea (AFA), mas essa é exatamente a grande dificuldade: “o tempo não passa”, conta o Cadete Intendente Daniel Lucas Ebrenz. “O mais difícil é lidar com o tédio, mas em grupo é mais fácil, contamos histórias, cantamos e assim vamos lidando com a situação”, afirma.

O objetivo do exercício é colocar em prática o aprendizado de técnicas de sobrevivência, após o abandono de uma aeronave por ejeção ou devido a um sinistro no mar. Durante o exercício, os cadetes vivenciam adversidades como escassez de água potável e comida, estresse psicológico, desgaste físico e exposição às condições meteorológicas.

O material disponibilizado aos cadetes é semelhante ao que equipa aeronaves da Força Aérea Brasileira que realizam voos sobre os mares. “Eles recebem ração de sobrevivência no mar, sinalizadores noturno e diurno, além de uma bomba manual para manter a balsa sempre inflada”, conta o Capitão de Infantaria Fernando Galante. “São 24 cadetes por balsa, sendo que um deles deve manter-se acordado para realizar o sinal de socorro” relata o capitão, que é um dos instrutores do curso.

A preparação para o exercício é feita antes do embarque, ainda na AFA. São ministradas instruções teóricas, além de práticas orientadas, em que é ensinado como realizar o abandono da aeronave, formas de desvencilhar-se do paraquedas após a ejeção, salvamento de afogados, utilização de equipamentos de sobrevivência, procedimentos em bote de emergência, além do uso do respirador autônomo, que permite ao piloto respirar embaixo d’água até o abandono de uma aeronave submersa.

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