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Brasil, Peru e Colômbia concluem treinamento para Controle Aéreo na fronteira

Cerca de 200 militares participaram do Exercício Combinado Amazonas II, que envolveu a Força Aérea Brasileira, a Força Aérea Peruana e a Força Aeroespacial Colombiana

Agência Força Aérea, por Tenente Marize Torres

A Força Aérea Brasileira, a Força Aérea Peruana e a Força Aeroespacial Colombiana concluíram o Exercício Amazonas II, que teve como objetivo aprimorar medidas de controle e coordenação entre os Centros de Operações Aéreas dos três países (Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais – CCOA; Centro de Comando y Control de la Fuerza Aérea Colombiana – CCOFA; e Comando Operativo de Defensa Aérea del Perú – COMCA), estabelecendo procedimentos de transferência de tráfegos aéreos ilícitos ao cruzar suas fronteiras.

O treinamento ocorreu entre os dias 31 de julho e 06 de agosto, abrangendo as cidades de Tabatinga, Letícia e Iquitos, situadas respectivamente no Brasil, na Colômbia e no Peru.

Além disso, o Exercício Amazonas II permitiu aprofundar os laços de confiança entre as três Forças Aéreas, fortalecendo a capacidade de combate aos voos ilícitos que atingem a soberania dos referidos espaços aéreos.

As aeronaves da FAB empregadas no exercício foram: C-98 Caravan, A-29 Super Tucano, E-99 e H-60 Black Hawk.

Cooperação e Confiança

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Organização Militar da FAB, foi o responsável por coordenar, junto a todos os órgãos envolvidos, as necessidades administrativas, logísticas e operacionais do treinamento.

O Chefe do Centro Conjunto de Operações Aéreas (CCOA) da FAB, Brigadeiro do Ar Francisco Bento Antunes Neto, falou sobre os principais benefícios técnicos e operacionais da missão. “O Exercício Operacional Amazonas II foi uma importante oportunidade que a Força Aérea Brasileira teve de cooperar com a Força Aeroespacial Colombiana e com a Força Aérea Peruana no controle do espaço aéreo. Ele permitiu que essas três Forças exercitassem os procedimentos de coordenação, de maneira a realizar a transferência dos tráfegos ilícitos que estão sendo acompanhados, nos seus respectivos países, para que o outro país possa interceptar essa aeronave e tomar as medidas necessárias para o controle do espaço aéreo. Além da coordenação, foi possível, também, estabelecer laços de confiança entre os países envolvidos”, disse o Oficial-General.

O Vice-Chefe do CCOA, Coronel Aviador Ricardo Gonçalves Lins, comentou sobre a importância da cooperação. “Esse Exercício multinacional foi importantíssimo para que nós pudéssemos efetivamente aumentar a capacidade de operar na região amazônica. Acredito que, ao término da Operação, atingimos todos os objetivos propostos, estabelecendo uma melhor cooperação e construindo uma relação de confiança entre os três países, de forma que, juntos, possamos atuar mais fortemente contra os tráfegos aéreos ilícitos que interferem na soberania das respectivas nações”, destacou o Oficial.

O treinamento foi baseado em cenários que se aproximam ao máximo das situações comumente encontradas em interceptações. Foram cumpridos cerca de dois a três voos diários, totalizando um esforço aéreo de 150 horas.

Regulamento

O Adjunto do Setor de Planejamentos Operacionais do COMAE e Coordenador do Exercício Amazonas II, Tenente-Coronel Aviador Valneck Peixoto de Oliveira Melo, comentou que o Exercício se pauta nas Normas Binacionais de Defesa Aérea, que estabelecem os procedimentos a serem seguidos com relação aos tráfegos ilícitos que cruzam as fronteiras dos países.

“Conforme o regulamento, uma aeronave é classificada como suspeita quando adentra o território nacional sem Plano de Voo aprovado ou quando omite aos órgãos de controle de tráfego aéreo informações necessárias à sua identificação, não cumprindo as determinações destes mesmos órgãos, estando sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo, conforme previsto nas Normas Operacionais do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro e no Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004”, destacou o militar.

Organizações e unidades envolvidas

As organizações e unidades da FAB envolvidas na Operação foram: Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), Base Aérea de Manaus (BAMN), Base Aérea de Porto Velho (BAPV), Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC), Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2º/3º GAV) e o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV).

Fotos: FAB / FAC e FAPVídeo: Sargento Lucas Nunes / CECOMSAER

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