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Bombardier acirra disputa contra Embraer

Grandes vitórias da Bombardier e da Embraer esquentaram a batalha no mercado de jatos regionais, enquanto as maiores companhias aéreas norte-americanas fazem grandes pedidos de renovação de frota após um longo hiato. Num mercado que é, na prática, um duopólio, os jatos estreitos fabricados pela brasileira Embraer venderam mais do que os da canadense Bombardier por pelo menos oito anos.

Mas sinais da recente agressividade da Bombardier, e seu desejo de não perder espaço em sua tradicional fortaleza norte-americana, podem significar uma feroz disputa por pedidos da maior companhia aérea norte-americana, a United Airlines, e da rival de menor porte US Airways. “Essa será a próxima grande corrida de cavalos”, disse Brian Foley, que administra sua própria companhia de pesquisa de aviação em Sparta, Nova Jersey.

Pedidos

A Bombardier teve em dezembro um pedido avaliado em até US$ 3,29 bilhões da Delta AirLines. Mas a conquista da Embraer, na última quinta-feira, de um acordo avaliado em até US$ 4 bilhões para fornecer aeronaves para a rede regional da American Airlines, controlada pela AMR, levou a companhia brasileira a alcançar a canadense na disputa nos EUA.

Com os níveis de produção dependendo de novos pedidos, novos impulsos para a Bombardier podem destronar a Embraer como a terceira maior fornecedora de companhias aéreas, depois da Boeing e da Airbus. O analista de espaço aéreo Scott Hamilton, do Leeham Co, disse que a Bombardier tem uma boa chance na próxima rodada de pedidos da American por aeronaves que carregam até 120 passageiros de aeroportos menores para hubs maiores. “Esse não é um acordo exclusivo para a Embraer”, disse o especialista Hamilton. “A American Eagle tem uma frota mista tão grande de Embraers e Bombardiers que eu ainda vejo isso como uma oportunidade para a Bombardier.”

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