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Aviões da FAB decolam para o Chile para ajudar a combater incêndios

Duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram na manhã deste domingo (19) rumo ao Chile para tentar ajudar no combate aos incêndios florestais que atingem o país.

Ainda não existe previsão da duração dessa missão.

De acordo com a FAB, as aeronaves decolaram às 8h da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, com destino a Concepción.

Um dos C-130 viajou equipado com o sistema de combate a incêndio conhecido como MAFFS (siga em inglês de Modular Airbone Fire Fighting System). A outra aeronave transportou equipamentos e militares que irão realizar o reabastecimento do sistema.

"O sistema MAFFS é composto por cinco tanques de água. Dois tubos projetam-se pela porta traseira do C-130 e, a uma altitude média de 150 pés (cerca de 45.720 metros), despejam água sobre as áreas previamente determinadas. Por questões de segurança, as equipes de bombeiros e brigadistas que atuam no solo evacuam a área antes da dispersão da água. Pode ser realizado um lançamento de toda carga de 10,4 mil litros de água ou, ainda, três lançamentos menores, disse a FAB, em nota.

No total, 30 militares estão envolvidos nesta missão, entre aeronavegantes, equipe de operação do sistema MAFFS e de manutenção, de acordo com a FAB.

A medida foi autorizada pelo ministro Celso Amorim, após um pedido da embaixada do Chile ao Itamaraty.

De acordo com os dados oficiais, oito das 15 regiões do Chile sofrem com algum incêndio e embora as mais afetadas sejam as de Bío-Bío, Maule e La Araucanía, Santiago sofre com a fumaça das chamas de El Canelo, 30 quilômetros ao sudeste da capital.

Nessa área, perto da Cordilheira dos Andes, 300 hectares de vegetação nativa foram consumidas pelas chamas e 40 casas precisaram ser evacuadas na noite de segunda-feira, embora a maioria das famílias já tenham sido liberadas para voltar a seus lares.

Mais de 60 mil hectares de floresta arderam no Chile por causa de 1992 incêndios florestais no último ano. As regiões do Maule e a Metropolitana de Santiago foram as áreas com maiores danos ambientais, já que perderam mais de 20 mil hectares cada uma.

O presidente do Chile, Sebastián Piñeira, decretou alerta sanitário para a capital Santiago e Valparaíso, além das regiões de Maule e La Araucanía.

 

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