Implementar uma nova tecnologia, utilizar a plena capacidade de um equipamento ou padronizar procedimentos operacionais são alguns dos temas em debate neste domingo (09/06) durante a Reunião da Aviação de Transporte 2013 (RAT). O evento realizado no Rio de Janeiro, é organizado pela Quinta Força Aérea (V FAE), unidade que coordena os esquadrões de transporte da FAB.
Os participantes são subdivididos por aeronave. Cada grupo de trabalho tem o objetivo de produzir sugestões para a melhoria operacional. Os temas escolhidos para discussão são resultado de dúvidas, sugestões e necessidades observadas ao longo de 2012.
O grupo da aeronave C-105 Amazonas, operada pelos Esquadrões Arara (1º/9º GAV), de Manaus (AM), e Onça (1º/15º GAV), de Campo Grande (MS), discute a padronização dos procedimentos do sistema de gerenciamento de voo FMS (Flight Management System) para RNAV, sigla para o procedimento de aproximação por instrumentos. “São correções técnicas necessárias para utilização plena do sistema, que é prático e agiliza a aproximação para o pouso”, explica o Capitão-Aviador José Ricardo Schwarz Santos, um dos integrantes do grupo.
Bandeirante modernizado – Para os oito esquadrões de transporte que operam o C-95 Bandeirante, o desafio é como explorar as capacidades que a nova aviônica oferece. “As informações são mais precisas e podem ser customizadas de acordo com a rota ou a fase do voo”, explica o comandante do EsquadrãoRumba (1º/5º GAV), Tenente-Coronel Aviador Cláudio José Lopes Davi.
Segundo ele, o conceito glass cockpit (onde todas as informações estão à mão da tripulação), facilita o trabalho de pilotagem ao diminuir a carga de ações, mas aumenta o nível de gerência dessas informações. “Precisamos padronizar a seleção dessas informações, principalmente numa terminal densa”, exemplifica.
A unidade sediada em Fortaleza (CE), responsável por especializar os pilotos no segmento de transporte, forma no final de 2013 a primeira turma na nova plataforma do Bandeirante. “A gente vai entregar para a FAB pilotos atualizados com as novas tecnologias”, analisa o comandante.
Resultados – Os resultados obtidos com as experiências da última edição do evento já podem ser visualizados na prática. Um exemplo é o uso do óculos de visão noturna, o NVG. O tema discutido no passado permitiu que o equipamento seja utilizado com capacidade plena. “Em aviação, todos os procedimentos devem ser padronizados. Não pode existir regionalização”, explica o chefe do Estado-Maior da V FAE e coordenador geral do evento, Coronel-Aviador Mozart de Oliveira Farias.