Um manifesto da Associação Brasileira dos Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), divulgado nesta segunda-feira (20), reacendeu o debate sobre o risco de soltar balões. Os pilotos defendem medidas rigorosas no combate a esse crime.
No sábado (18), o Serviço Regional de Proteção ao Voo da Aeronáutica registrou 47 relatos de visualização de balão no espaço aéreo de São Paulo. Em um dos registros, um avião passa perto do balão e vai embora. O risco durou alguns segundos.
Para alertar as autoridades, a Abrapac pede providências como “procedimentos oficiais de contingência para controladores de tráfego aéreo e pilotos em caso de perigo baloeiro iminente”, “a criação de delegacias de investigação e combate ao crime baloeiro nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.”
Na carta, associação indicou um caminho para uma página em rede social onde foram divulgadas conversas entre a torre de controle do Aeroporto de Guarulhos e os pilotos, na manhã de sábado.
O porta voz da Abrapac, Bolivar Kotez, disse que no ano passado, por causa dos balões nas áreas perto dos aeroportos, o Brasil foi rebaixado no item "segurança de voo" pela Organização Internacional de Aviação Civil, ligada à ONU.
Segundo ele, é preso frear os baloeiros. “Na concepção deles isso não afeta a segurança porque eles estão de um lado da situação que não corre risco. Nós, nossos passageiros estamos do lado que corremos riscos. Eles não têm essa noção do que é uma colisão com um balão desses.
A Aeronáutica informou que o Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos tem um programa específico sobre o risco baloeiro, incluindo ações educativas de conscientização.
A Secretaria da Segurança Pública disse que a Polícia Civil abriu 11 inquéritos policiais entre 2015 e janeiro deste ano. E que o registro das ocorrências envolvendo balões pode ser feito em qualquer delegacia.