A AMAZUL – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. participa da RIDEX BID Brasil 2018 (Rio International Defense Exhibition), feira dos segmentos de defesa, segurança e offshore, que se realiza de 27 a 29 de junho, no Rio de Janeiro. Junto com a NUCLEP – Nuclebrás Equipamentos Pesados, a AMAZUL tem um estande, no qual exibe maquetes de um submarino nuclear, um reator e do elemento combustível.
Segundo o coordenador-geral de Negócios da AMAZUL, Paulo Ricardo Médici, com sua participação na Ridex, a empresa pretende divulgar seus projetos e atividades, manter contatos com empresas e instituições e prospectar parcerias que possam contribuir para aumentar o índice de nacionalização do ProSub.
Constituída em 2013, a Amazul, empresa vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Marinha do Brasil, tem como objetivo promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
A missão primordial da empresa é desenvolver e aplicar tecnologias e gerenciar projetos e processos necessários ao desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear (SN-BR), contribuindo para a independência tecnológica do País.
Nesse sentido, sua criação foi motivada para o alcance de alguns dos objetivos traçados na Estratégia Nacional de Defesa, que se insere no âmbito da Estratégia Nacional de Desenvolvimento.
A exposição de motivos que acompanhou o projeto de lei de criação da Amazul destaca que o sucesso do PNB e, em especial, do PNM depende da capacidade de preservação do conhecimento já adquirido e de contínuo esforço num programa de capacitação para o setor nuclear.
A constituição da Amazul, segundo o projeto, foi a alternativa encontrada para a manutenção do pessoal já existente, bem como a atração de novos especialistas altamente qualificados, para preservar o conhecimento.
Com cerca de 1.900 empregados, a Amazul participa também do empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro, em parceria com a Cnen – Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Ipen – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.
O RMB tem a finalidade de produzir radioisótopos, usados na fabricação de radiofármacos para o diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Além disso, o Reator Multipropósito Brasileiro, que será instalado ao lado do Cina – Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó (SP), servirá para pesquisas científicas, testes de materiais nucleares e outras aplicações.
Programa Nuclear da Marinha
A Amazul participa do Programa Nuclear da Marinha, que visa capacitar o Brasil no domínio do ciclo do combustível nuclear, objetivo já atingido, e no desenvolvimento de uma planta nuclear de geração de energia elétrica, incluindo a construção de um submarino nuclear.
Os empregados da empresa trabalham nos projetos do CTMSP – Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, com o duplo objetivo de produzir combustível nuclear e projetar, construir, comissionar, operar e manter reatores do tipo Reator de Água Pressurizada (PWR).
A tecnologia poderá ser empregada na geração de energia elétrica, quer para propulsão naval de submarinos, quer para iluminar uma cidade. Atualmente, está sendo construído no Cina – Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó, o Labgene – Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, primeiro reator nuclear de potência a ser projetado e construído inteiramente por brasileiros e que atuará como um protótipo em terra da propulsão do futuro submarino nuclear brasileiro. Essa instalação também permitirá o treinamento das futuras tripulações do submarino nuclear.
ProSub
A Amazul também participa de projetos a cargo da Cogesn – Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, como o Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (RJ) e a construção de submarinos convencionais e nuclear. A Amazul ajuda a desenvolver o sistema integrado de controle da plataforma, o sistema de combate e o detalhamento do submarino de propulsão nuclear.
O submarino com propulsão nuclear (SN-BR) fará parte do SisGAAz – Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, projeto da Marinha para o controle da área do Atlântico Sul conhecida como Amazônia Azul, uma referência à Amazônia Verde por sua vasta extensão, suas riquezas incalculáveis e sua importância estratégica.