Nova York – A fabricante de aviões europeia Airbus decidiu retirar as baterias de íon-lítio de seu novo jato, devido às preocupações de que a incerteza regulatória possa atrasar as entregas iniciais do A350, de acordo com funcionários da indústria familiarizados com os detalhes.
A decisão, que foi comunicada ontem a alguns dos clientes da empresa, é o mais recente sinal de uma crescente retirada desse tipo de tecnologia da indústria de aviação, como resultado dos dois casos de queima de baterias de lítio a bordo de jatos 787 da Boeing no mês passado.
Esses incidentes ocasionaram a suspensão mundial dos voos da frota 787 Dreamliner. Já as investigações resultantes e as revisões regulatórias têm levantado dúvidas sobre as futuras normas de segurança para as baterias recarregáveis de lítio instaladas a bordo dos aviões.
Originalmente, a Airbus pretendia usar quatro baterias de lítio recarregáveis em cada A350 para fornecer energia elétrica em terra e no ar. Mas agora, de acordo com esses funcionários, o avião será entregue com os sistemas convencionais de baterias níquel-cádmio.
A fabricante europeia espera que o A350 faça seu primeiro voo experimental até julho. Depois, o modelo será submetido a uma série de testes e buscará a certificação das autoridades de aviação europeias no início de 2014.
A Airbus espera que o A350 comece a receber passageiros no meio do próximo ano. As informações são da Dow Jones.