ESTADO DE MINAS
A empresa aérea TAM confirmou ontem que um Airbus A319 se chocou com um balão em 17 de junho. O voo 3756 partiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 8h54, com destino a Confins, em Belo Horizonte, quando o acidente aconteceu. Não houve feridos e outras complicações, segundo a companhia.
Em nota, a TAM não deu detalhes sobre o problema. Segundo o site de notícias G1, o choque teria obstruído as sondas de velocidade – pitots – causando uma pane idêntica à que levou à queda do voo 447 da Air France, com 228 pessoas a bordo, há dois anos. A diferença é que, como a colisão aconteceu pela manhã, foi mais fácil para os pilotos saberem exatamente a que altura estavam e o que fazer.
A TAM só informou que, ao constatar o choque com o balão – que teria ocorrido seis minutos após a decolagem, a cerca de 10 mil pés de altitude (mais de 3 mil metros) –, a tripulação assumiu o controle manual até o pouso, às 9h48. A aeronave ainda foi para manutenção em Confins e acabou liberada à 1h30 do dia 18 de junho. O assunto está sob apuração do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), entre os anos de 1993 e 2004 foram registradas oito colisões entre aeronaves e balões. O assunto vem chamando a atenção do Cenipa, que tem até um Programa de Perigo Baloeiro. Só em 2010 foram reportados pelos pilotos de avião civil mais de 100 casos de avistamento de balões próximo a aeroportos. O maior registro é em Cumbica (52 casos), seguido de Viracopos (27), Galeão (19) e Congonhas (18).
Segundo o tenente-coronel Motta de Souza, até mesmo pilotos de outros países são alertados para esse tipo de ocorrência quando viajam para o Brasil.