O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) realizou nesta terça-feira, 19 de abril, entrevista coletiva para esclarecer a participação do órgão no processo de investigação do acidente com o Voo 447 da Air France. A comissão de investigação é presidida pelo órgão investigador francês, Bureau d"Enquêtes et d"Analyses (BEA), e é composta por representantes do CENIPA (Brasil), NTSB (Estados Unidos), BFU (Alemanha) e AAIB (Inglaterra). Há ainda a presença de investigadores de mais doze países que atuam como observadores.
Na coletiva, o chefe do CENIPA, Brigadeiro-do-Ar Carlos Alberto da Conceição, apresentou as normas internacionais que regem as investigações de acidentes aeronáuticos. O Representante Acreditado do Brasil, indicado pelo CENIPA, Coronel Aviador Luís Cláudio Lupoli, detalhou as quatro fases de buscas realizadas pelo BEA. Além disso, ele deu informações sobre a participação brasileira nas investigações. “Tenho participado dos trabalhos realizados pelo BEA e tudo está em conformidade com o que é preconizado pelos órgãos da aviação civil internacional”.
Nesta terça-feira (19), o Coronel Lupoli viaja para Paris, de onde embarca para Dakar (Senegal), a fim de participar da quinta fase das buscas, a ser iniciada no dia 22 de abril, com o navio Ile de Sein – Cable Ship (Navio-Cabo).
De acordo com o coronel Lupoli a operação contará com equipamentos de alta tecnologia. “O clima é de otimismo quanto à localização das caixas-pretas”, afirma. No entanto, ainda que fossem remotas as probabilidades de resgatá-las, a missão de busca se justifica pela possibilidade de recuperar destroços que certamente auxiliarão na investigação do acidente.
Por fim, o BEA informou ao CENIPA, na manhã de hoje, a decisão do governo francês de tentar resgatar os corpos localizados na mesma missão destinada a recuperar partes do avião acidentado.
Apresentação da coletiva na íntegra http://www.fab.mil.br/portal/docs/briefing_af447_coletiva.pps
