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Aeroviários ameaçam paralisar aeroportos do país

Tarso Veloso

Trabalhadores aeroviários de vários aeroportos brasileiros prometem parar em breve. Um indicativo de greve da categoria foi definido em assembleias realizadas nos aeroportos Juscelino Kubitschek (DF), de Viracopos (SP) e Guarulhos (SP). O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Luiz Xavier de Lemos, disse que os funcionários do Galeão (RJ) e Confins (BH) se reunirão nos próximos dias.

Os aeroportuários reclamam do modelo de concessão dos terminais dos aeroportos Juscelino Kubitschek, Guarulhos e Viracopos, anunciado pelo governo no fim do mês passado. Os trabalhadores reivindicam a participação na elaboração do edital de licitação, que deve ser publicado em dezembro.

Na tarde de ontem, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique e o presidente do Sina se reuniram em Brasília e não chegaram a um acordo.

Segundo Henrique, a reunião com o ministro mostrou que os trabalhadores não vão participar da decisão do modelo. "Só nos deram a oportunidade de dar sugestões e nós queremos influenciar no resultado final", disse. As principais reivindicações da categoria são excluir as classes C e D do aumento de tarifas nos aeroportos e rever a decisão da Infraero de ficar com os aeroportos deficitários e passar para a iniciativa privada os mais lucrativos.

No próximo dia 6, a CUT promove um dia nacional de mobilização. Um dos pontos é a luta contra o modelo proposto pelo governo, diz Henrique. "O governo deveria ter controle majoritário do capital, com mais de 51%. No sistema previsto, a Infraero terá até 49% podendo ter menos", disse.

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