Do ERJ-145 Embraer ao imponente C-99 da FAB chega-se a duas décadas e operacionalidade
Agência Força Aérea, por Tenente Eniele Santos
Em uma longa e evidente história na aviação mundial, completam-se neste 23 de setembro duas décadas desde a introdução do Embraer ERJ-145, que foi incorporado na Força Aérea Brasileira (FAB) em 2004 como C-99. Esta aeronave multifuncional, adaptada para diversas missões operacionais, tem sido peça fundamental nas operações logísticas e de transporte do país.
Primeira unidade aérea da FAB a operar o C-99A, o Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT) – Esquadrão Condor, sediado na Base Aérea do Galeão (BAGL), que até então operava os antigos turbo-hélice C-91 AVRO, tem desempenhado um papel crucial no apoio logístico em missões nacionais e internacionais.
De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Andrei Oliveira da Silva Santos, o C-99 é uma grande revolução na nossa indústria aeronáutica. “O EMBRAER ERJ-145, como assim chamado pela fabricante, é o primeiro jato de passageiros de fabricação brasileira”, acrescentou.
A aeronave, adaptada para uso militar sob as variantes C-99A, VC-99B e VC-99C, oferece uma capacidade única de transporte, além de ser utilizado, também, para transporte de órgãos e evacuação aeromédica. Com uma fuselagem espaçosa e capacidade para transportar até 50 passageiros, o C-99 se destaca pela sua versatilidade e confiabilidade em diverssas condições de operação.
Na Força Aérea Brasileira
A história do C-99A na FAB é marcada por inúmeros feitos, incluindo operações humanitárias, apoio logístico em desastres naturais, além de ter apoiado missões de paz e de interesse nacional em todas as Américas, projetando a capacidade da Força Aérea Brasileira além de nossas fronteiras.
O 1º/2º GT aplicou os C-99 em favor do povo brasileiro em diversas calamidades, com destaque ao combate à pandemia de COVID-19, em que foram transportados mais de 660 brasileiros contaminados, deslocando-os para localidades onde poderiam receber melhor tratamento de saúde. Já em 2024, a aeronave esteve engajada no apoio ao povo gaúcho, realizando missões para o transporte de insumos, de equipes de resgate e de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul (RS).
Dessa forma, coube ao 1º/2º Grupo de Transporte a tarefa de incorporar e desenvolver a doutrina de operação dos C-99. O Esquadrão já soma quase 50 mil horas de voo, sendo quase 40 horas, em 2023, destinadas apenas ao transporte de órgãos.
Futuro
O Comandante do Esquadrão Condor, Tenente-Coronel Andrei, destaca a importância do C-99 na modernização da frota da FAB. “O ERJ-145 trouxe uma nova dimensão às nossas capacidades operacionais. Com ele, conseguimos expandir nossa presença e eficiência em várias frentes, cumprindo com excelência as missões que nos são confiadas”, disse.
À medida que celebramos duas décadas desde a chegada do C-99A à FAB, é inegável o impacto positivo que esta aeronave teve não apenas na eficiência operacional, mas também na projeção internacional do Brasil como um parceiro confiável e comprometido com a paz e segurança global.
Com uma história de sucesso que se estende por duas décadas, o C-99A continua a ser uma peça essencial no arsenal da aviação militar brasileira, garantindo que a FAB esteja pronta para os desafios do presente e do futuro “Pode ser que nos próximos 20 anos estas aeronaves sejam substituídas por aparelhos mais modernos, mas é garantido que a história de sucesso, segurança e eficiência dos belos C-99A jamais será apagada das páginas de história da FAB”, finalizou o Comandante do Esquadrão Condor.
Fotos: Divulgação