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AVIBRAS – Sem acordo, Sindicato e possível comprador da Avibras continuam negociação na sexta-feira

Investidor quer que trabalhadores abram mão de multas por atrasos salariais. Foto Carlos Fortner representando grupo de investidores frente ao Presidente do Sindicato Weller Gonçalves (camisa vermelha) Foto Lucas Lacas Ruiz AgÇencia X9 especial para DefesaNet

Sindicato Metalúrgicos São José e Jacareí
Fotos Lucas Lacaz Ruiz – Agência X9 especial para DefesaNet


Nota DefesaNet

Ver nota divulgada pela AVIBRAS em 20 Novembro 2024

O Editor


A reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e os representantes do investidor interessado em comprar a Avibras, realizada nesta terça-feira (19), terminou sem acordo. Uma nova reunião foi agendada para sexta-feira (22), às 14h, na sede do Sindicato.

A proposta apresentada pelo investidor, que continua mantendo seu nome sob sigilo, prevê o pagamento do salário de dezembro e do 13º no dia 30 do próximo mês. Também prevê que os 19 salários que estão atrasados comecem a ser pagos em janeiro de 2025, divididos em 13 parcelas.

Mas um dos pontos mais problemáticos da proposta prevê que os trabalhadores teriam de renunciar a todas as multas relativas aos atrasos salariais. A proposta foi rejeitada.

O Sindicato propôs que a dívida trabalhista seja dividida em até quatro parcelas, com pagamento de todas as multas. Também estão na proposta do Sindicato:

  • data para restabelecimento do plano de saúde;
  • 13º salário a ser pago no dia 20 de dezembro;
  • reajuste das cláusulas econômicas em 4%;
  • estabilidade no emprego para todos os trabalhadores até abril de 2025;
  • extensão das cláusulas sociais do Acordo Coletivo até 31 de agosto de 2026.

Na proposta do investidor consta a volta do plano de saúde, mas sem data definida. O corte do convênio médico teve grande impacto na vida dos trabalhadores da Avibras, por isso o Sindicato insiste na definição da data.

Greve

A proposta apresentada pela empresa também prevê que os trabalhadores encerrem a greve a partir de dezembro. A paralisação começou em 19 de setembro de 2022, em razão dos constantes atrasos salariais.

O investidor, representado por Carlos Fortner na reunião, assumiu o compromisso de manter a Avibras na região pelo período de dez anos. Esta foi uma das reivindicações apresentadas pelo Sindicato.

“A reunião de hoje foi um importante avanço, considerando que esta foi a primeira proposta apresentada por um possível comprador. Ainda temos outras negociações pela frente, mas em todas elas irá prevalecer a defesa dos direitos dos trabalhadores. O Sindicato também continuará cobrando investimentos na Avibras pelo governo federal, especialmente para que seja viabilizado o pagamento das multas trabalhistas. O trabalhador não pode ser mais uma vez penalizado”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

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