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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11) que não descarta a opção militar contra o governo de Nicolas Maduro na Venezuela. "Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo a opção militar se necessário", afirmou Trump.
"Temos tropas em todo o mundo, em lugares muito distantes, e a Venezuela não fica tão longe. As pessoas lá estão sofrendo, morrendo", disse Trump.
A afirmação de Trump foi feita dias antes da chegada do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, na Colômbia. Pence desembarca no país vizinho da Venezuela neste domingo Ele passará ainda por Argentina, Chile, Colômbia e Panamá, mas não pelo Brasil.
O governo americano já adotou novas sanções contra Maduro, o irmão do ex-presidente morto Hugo Chávez e diversos funcionários e aliados do chavismo. Eles são acusados pelo Departamento do Tesouro dos EUA de violar os direitos humanos e minar a democracia no país. Entretanto, nenhuma das sanções tinha como alvo o setor petrolífero venezuelano.
Um embargo do petróleo da Venezuela, o terceiro maior fornecedor para os EUA, poderia forçar a produção a desacelerar nas refinarias do litoral do Golfo do México e, pelo menos temporariamente, elevaria o preço da gasolina. Isso poderia ser delicado para Trump, que atacou Barack Obama diversas vezes por causa do preço nos postos.
Pedido de diálogo com Trump
Na véspera, Maduro pediu que o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, tentasse agendar um diálogo com Trump. "Eu acredito na diplomacia e reitero ao presidente Donald Trump o meu desejo de restabelecer relações políticas, de diálogo, de respeito, em termos de igualdade", disse Maduro em discurso durante uma sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte, que os EUA e mais 17 países americanos não reconhecem como legítima.
"Peço que meu chanceler inicie gestões para que eu possa ter uma conversa pessoal com Donald Trump, para haver um diálogo telefônico com Donald Trump", completou o presidente , venezuelano.
Maduro afirmou, além disso, que gostaria de uma reunião bilateral com Trump durante sua próxima viagem aos EUA, quando participará de uma sessão da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. "Se está tão interessado na Venezuela, aqui estou eu. Aqui está o chefe do seu interesse, 'mister' Donald Trump. Aqui está minha palavra", afirmou Maduro no discurso.