A Força Aérea da Turquia abateu nesta terça-feira (24/11) uma caça da Rússia que teria violado o espaço aéreo do país próximo à fronteira com a Síria. Segundo militares turcos, a aeronave foi alertada antes de ser derrubada, no entanto, os pilotos teriam ignorado a mensagem.
Militares turcos alegam ter feito dez alertas em um espaço de tempo de cinco minutos, antes de derrubarem o avião. Dois pilotos que estavam no caça saltaram do avião de pára-quedas.
Imagens feitas por uma emissora de televisão local mostram a aeronave em chamas pouco tempo antes de atingir o solo em uma região conhecida como Monte Turcomano, no norte da Síria.
O Ministério de Defesa da Rússia confirmou que o caça abatido pertencia a sua Força Aérea. Segundo as agências de notícias Interfax e Ria, o ministério, porém, contestou a Turquia e ressaltou que a aeronave não teria violado o espaço aéreo turco, sendo abatida na Síria com um míssil disparado do solo. Moscou disse ainda que o paradeiro dos pilotos é desconhecido.
Um dos pilotos do caça teria sido capturado por rebeldes sírios. "Ainda não sabemos qual grupo está com o piloto", afirmou Ousama Abu Zeid, consultor jurídico do Exército Livre da Síria, da oposição moderada.
A Frente al-Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, e rebeldes turcomanos, apoiados por Ancara, estão presentes na região, onde a aeronave caiu.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, conversou com dirigentes militares e o ministro do Exterior sobre desenvolvimentos na fronteira com a Síria. Devido ao incidente, a Turquia consultará a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e as Nações Unidas.