Fuzileiros navais e as forças de operações especiais dos EUA vêm treinando secretamente tropas taiwanesas há pelo menos um ano, sob o risco de provocar a ira da China, informou o Wall Street Journal na quinta-feira (7).
Cerca de duas dúzias de soldados americanos treinaram forças terrestres e marítimas taiwanesas "por pelo menos um ano", em meio a ameaças verbais crescentes da China contra a ilha aliada dos EUA, disse o jornal.
O relatório citou funcionários não identificados no documento. O Ministério da Defesa de Taiwan não quis comentar, e o Pentágono não confirmou nem negou.
O porta-voz do Pentágono, John Supple, disse que o apoio dos EUA às forças armadas de Taiwan é medido por suas necessidades de defesa.
"Nosso apoio a Taiwan e nossas relações de defesa (com a ilha) estão de acordo com a atual ameaça representada pela República Popular da China", disse Supple em um comunicado.
"Insistimos que Pequim cumpra seu compromisso com a resolução pacífica das diferenças através do Estreito."
A reportagem parece confirmar relatos da imprensa taiwanesa de que, em novembro, indicou – citando o Comando Naval taiwanês – que tropas americanas haviam chegado lá para treinar as forças da ilha em operações anfíbias e com pequenas embarcações.
Esses relatórios foram negados por oficiais dos EUA e de Taiwan, que enfatizaram que ambas as partes mantêm intercâmbios e cooperação militares bilaterais.
Os Estados Unidos fornecem armas a Taiwan, incluindo mísseis de defesa e caças, em meio à ameaça de Pequim de retomar à força o controle da ilha e reintegrá-la à China.
Os Estados Unidos também têm um compromisso ambíguo de defender Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde.
As forças chinesas intensificaram suas atividades em direção a Taiwan no ano passado. Na segunda-feira, Taiwan anunciou que 56 aviões da força aérea chinesa haviam penetrado em sua zona de defesa aérea, em um novo capítulo da tensão entre os países.