Nota DefesaNet Index das matérias publicadas na Série Top Secret – Ingleses em Canoas- O uso de Bases Brasileiras para pousos de aviões ingleses em rota para as Malvinas. As negativas diplomáticas e no fim o real objetivo da permissão Brasileira. Inclui matéwrias do Jornal Zero Hora, revista Veja e outros jornais da época: 1 – Abertura Top Secret – Ingleses em Canoas Link 2 – Exclusivo Zero Hora 24 Junho 1983 – Na Base de Canoas o avião inglês que abastece as Malvnas Link 3 – Top Secret – Brasil tenta a "estória" dos Pousos Técnicos MMMatérias dos jornal Zero Hora dos dia 25 Junho 1983 4 – Top Secret – Ingleses Detonam – Confirmam os pousos Link MMMatéria do jornal Zero Hora do dia 27 Junho 1983 5 – Top Secret – Ingleses em Canoas – VEJA – EMBRAER dá a Pista Matéria de VEJA 29 Junho 1983
Um dia depois de Zero Hora ter publicado informações e fotos exclusivas sobre a utilização da Base Aérea de Canoas para pouso técnico de aviões Hércules de bandeira inglesa, o comando do V COMAR divulgou nota oficial confirmando a denúncia que mereceu grande repercussão em todo o Pais no dia de ontem. Agências de noticias nacionais e Internacionais, posteriormente à circulação da edição de 24 de junho de Zero Hora, passaram a Informar sobre a presença dos aviões da Royal Air Force que, normalmente a caminho das Malvinas, transportam até 10 toneladas de mantimentos e medicamentos e que têm sido vistos, senão semanalmente, pelo menos a cada 10 dias, em Canoas .
"Brasil não será base para o transporte regular entre o Reino Unido e as Malvinas” – Nota do Itamaraty
Itamaraty explica a presença de aviões ingleses. Autorização para pouso sé é concedida em casos de emergência, disse ministro da Aeronáutica, Délio Jardim dos Mattos. Na Embaixada Argentina, o clima era tenso ontem. Todos temem implicações políticas do caso O porta-voz do Itamaraty, conselheiro Bernardo Pericas Neto, declarou ontem, em nota oficial à imprensa que: "o governo brasileiro reafirma que não servirá de base para o transporte regular — aéreo ou marítimo — entre o Reino Unido e as Malvinas. Somente em emergências ou casos excepcionais, de caráter humanitário, são concedidas autorizações para que aeronaves britânicas, que cumpram a rota em questão, toquem em território brasileiro". A declaração do porta-voz do Itamaraty diz respeito a notícias publicadas ontem, na imprensa brasileira e argentina, sobre pouso em aeroportos brasileiros de aviões britânicos que se dirigem ou provém das Ilhas Malvinas. Também o ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Mattos, garantiu que isto só acontece em caso de emergência, afirmando-, categoricamente, que "não há regularidade, nos pousos de aviões Ingleses no Brasil".
Ressalta que isto só acontece quando os aviões não têm condições de pousar nas Malvinas, devido ao mau tempo naquela área, sendo obrigados a retornar ao Brasil por necessitarem de apoio técnico. Délio Jardim de Mattos diz, também, que se os pedidos de sobrevôo forem feitos antecipadamente, serão estudados caso por caso. mas que a princípio serão negados. Por outro lado a notícia de que os aviões Hércules ingleses vêm sistematicamente obtendo permissão para realizar pouso técnico na Base Aérea de Canoas, a caminho das Malvinas, publicada em Zero Hora, ontem (24 Junho 1983), não repercutiu bem na embaixada da Argentina. Apesar de não querer colocar a questão politicamente. o ministro da embaixada da Argentina, Juan Jose Areas Uriburu, informou que, ao tomar conhecimento das informações, transmitiu-as imediatamente para o Estado-Maior de Buenos Aires e, mais tarde, enviou a nota oficial do Itamaraty. O clima. Ontem, naquela embaixada, era bastante tenso. O embaixador, o ministro e o adido aeronáutico da Argentina estiveram em reunião, durante toda a tarde, mas não disseram qual a posição deste país em relação ao assunto. A embaixada da Inglaterra, no entanto, não viu nenhuma novidade nas informações. O porta-voz do embaixador inglês, Tony Lowgrigg, confirmou que. "ocasionalmente, aviões Hércules obtêm permissão para reabastecer no Brasil, o que é normal na prática internacional". Tony Lowgrigg frisou que estes pousos não são programados antecipadamente e que têm sido autorizados pelas autoridades brasileiras caso por caso. Disse ainda, "que jamais estes aviões pousaram no Brasil transportando armas, materiais bélicos ou tropas inglesas". Apesar da situação ter sido colocada como normal, já que se tratam de pousos de emergência, notou-se no entanto, que nem o Itamaraty, nem o Ministério da Aeronáutica, nem as embaixadas da Argentina e Inglaterra, quiseram colocar a questão politicamente.
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